
Hoje é uma data muito importante para mim. O consulado Fla Paris foi criado nesse dia, um 19 de setembro de 2019, um ano de glória eterna para o Flamengo. E espero para a Fla Paris também.
Já falei num outro artigo sobre a criação do consulado. Eu tenho um grande orgulho de ser um dos fundadores do consulado. Mas também já falei que quem é o consulado é quem vai aos encontros, vai assistir aos jogos com a galera. Agora morando no Rio, vou ter muita saudade da Fla Paris. Mesmo de longe, o consulado vai ficar no meu coração.
Para os três anos, quero falar sobre a Fla Paris e nosso presida Cidel, que foi o idealizador do consulado. Sempre motivado para organizar encontros, para ajudar as pessoas, para fazer brilhar o nome da Fla Paris. Sempre vai fazer fotos e postar no Instagram para motivar outras pessoas a vir no consulado. O projeto dos consulados e embaixadas do Flamengo tem sorte de ter um cara como Cidel como presidente de um consulado. Dos fundadores, tem também Waldez, um baiano que promete feijoada, demora, mas honra a palavra. É o cara que vai lançar os cantos no bar, sempre que tem um lance de perigo, tem um « Mengoooo » do Waldez, como no antigo Maraca. Outro fundador é Felipe, que infelizmente não pode vir aos jogos muitas vezes, mas que é um cara de uma gentileza extrema, com uma tranquilidade contagiante.
Agora na diretoria também tem Sammy e Danilo. Sammy foi quem achou nosso local para ver os jogos, o Fleurus, no sul de Paris. É quem falou com o pessoal do bar para organizar os jogos. Também é um dos caras mais generosos e engraçados que conheço. Num jogo no bar, a final do campeonato carioca 2020, falou que o novo bike dele ia pegar como nome o nome do jogador que faria o gol do título. Agora é fã eterno do Vitinho. Danilo também é um cara muito humilde e gentil, deixou várias mensagens me desejando uma boa viagem no Rio e me deu o contato do irmão dele para me buscar no aeroporto.
No consulado, também tem o Piriquito, que conhecia antes, do time de futsal. São muitos anos de amizade, de cervejas e de conversas sobre Flamengo e de outras coisas. Conheço a mulher dele, a filha, o pai, a mãe, o irmão, Vini, que vem também no consulado quando pode. Acho que amigo se torna irmão quando você passa a conhecer a família dele, então Pirika é meu irmão, de verdade.
No consulado tem também Bruno, que foi o primeiro a abrir sua casa para receber os membros do consulado e ver um jogo quando não tinha gente suficiente para assistir ao jogo no bar. O Thiago está no consulado também, me desejou uma boa temporada no Brasil de uma maneira simples mas linda, não falava com a boca, falava com o coração.
Agora o Glen, filho de pai americano, dos Estados Unidos não o alvirrubro, e de mãe brasileira. Deixa-me contar como ele foi se apaixonar pelo Flamengo que a história é sensacional. Toda a família dele do lado do mãe é vascaína, os tios todos vascaínos. E o pai é mais football que soccer, mais beisebol ou essas coisas de americanos, mas começou a torcer pelo Flamengo só para zoar a família vascaína da mulher. Virou flamenguista e Glen é flamenguista por causa do pai americano.
O consulado tem até o seu casal franco-brasileiro, Kevin e Sheyla. No início, ficavam mais no canto deles no bar, mas agora são da família do consulado e sempre vão nos jogos, do pré-jogo até o pós-jogo, com alegria e cervejas. Kevin é francês, é flamenguista. As vezes é bom de falar um pouco em francês sobre o Flamengo ou Rio, que ele adora também Rio e sempre é disposto a ajudar com contatos ou conselhos. Sheyla também me ajudou, me deu contatos de pessoas no RJ, e sempre tem um largo sorriso no rosto. São dois corações rubro-negros puros. Tem as outras mulheres também, que torcem juntas, com a galerinha delas e com a família do consulado, Bianka, Roberta, Carina, Gi, Vanessa, Simone.
E tem o Davidson, que faltou alguns jogos por causa do trabalho, mas que sempre quer ir nos encontros. No meu aniversário, dia 7 de julho, convidei todo o consulado e ele não podia ir. Mesmo assim, comprou um presente para mim, ainda não sei qual é o presente porque infelizmente não o viu antes de chegar no RJ. Mas ele é carioca, e quando ele me falou que não podia ir no meu aniversário, falei pra ele que íamos comemorar juntos o próximo aniversário, mas no Rio. Isso era mais uma coisa de tipo sensação, premonição e espero muito que vai ser o caso.
E tem ainda muito mais gente, que foram num jogo só, ou de vez em quando, que sempre vão ser bem recebidos. Outro motivo que me fez adorar o consulado é que as vezes têm turistas brasileiros, de férias em Paris e que vão assistir a um jogo no consulado. É um jogo só, mas tem flamenguistas de todos os estados do Brasil, de passagem em Paris, que vão contar a história deles, trocar dicas, gritar juntos na hora do gol. Tudo isso graças ao Flamengo e a Fla Paris. Precisamos fazer uma mapa do Brasil com todos os estados e colocar uma cruz quando temos um representante. Já tem RJ, BA, PA, SP, DF e deve ter muitos outros.
Sobre os turistas de passagem no consulado, tenho uma história boa mas precisa de um pouco de contexto. O consulado foi criado em 2019, mas no início so tinha os jogos de Libertadores, o cincum, o milagre de Lima. Encontros muitos marcantes mas raros. Depois, por causa da pandemia, não teve uma rotina de assistir aos jogos juntos em 2020 e 2021, então o consulado realmente começou em 2022. Agora estou pensando que é incrível como em tão pouco tempo toda essa galera ficou no meu coração.
Mas apesar de toda a alegria de se reunir para ver os jogos, também teve muita frustrações por causa dos resultados. Derrota na final do carioca, derrota na Supercopa do Brasil. No Brasileirão foi pior ainda, parecia maldição. Quando não tinha encontros no consulado, teve 6 vitórias, 1 empate, 3 derrotas. Quando tinha consulado, teve um empate contra Ceará, 4 derrotas e nenhuma vitória ! Teve busca para identificar o pé frio dentro do grupo, até teve uma reflexão para mudar de local para ver os jogos. No jogo contra Avaí, o consulado buscava sua primeira vitória no Brasileirão e teve um turista chamado José que foi ver o jogo com a gente. Foi no banheiro e teve um gol do Flamengo, foi de novo no banheiro e de novo um gol do Flamengo. Então depois do segundo gol, de própria iniciativa claro, ele ficou nas escadarias, sem ver o jogo e quando teve o apito final, pude voltar com a gente, comemorar a vitória tão esperada. Nosso pé frio, acho que é o Waldez mas ainda não tem certeza, mas nosso pé quente é o José com certeza.
Apesar das frustrações dos resultados, a gente não vai trocar de lugar, porque no Fleurus sempre nós somos muito bem recebidos. Tem o dono do bar Ali, o cozinheiro Moussa, o garçom Djack. Djack é outro coração puro, zoador também mas gente boa. Eu dei uma camisa do Flamengo para ele, Vini deu outra, e quando tem jogo no Fleurus, ele sempre vai com o Manto Sagrado, como toda a gente. Ele faz parte da Fla Paris também.
Meu último jogo no consulado foi contra Ceará, um dia antes de minha ida no RJ. Aliás, uma outra decepção com um empate frustrante. Mas eu queria ver uma última vez todas essas pessoas que amo. Nesse dia, tinha dois flamenguistas de Paris que foram no consulado pela primeira vez. Tinha Luiz e um outro cara que agora me falta o nome. Um procurou no Instagram se tinha um consulado em Paris e outro descobriu o consulado nas sugestões de Instagram.
Como falei antes, quem é a Fla Paris é quem vai nos jogos. E espero que vai ter muitas pessoas novas para descobrir o consulado e fazer parte do consulado. O Flamengo é imortal, foi fundado há mais de cem anos, e depois dos fundadores, foram muitas muitas muitas pessoas que fizeram a história e a glória do Flamengo. Espero que a Fla Paris também não vai ter fim. Vi o início da Fla Paris, três anos atrás, mas meu sonho é de pensar que o consulado vai me sobreviver, que vai ter outras pessoas depois para organizar os jogos, se reunir, cantar e vibrar juntos. Fazer as amizades deles, ter as histórias boas, as risadinhas, ter uma galera que se transforma em uma família de flamenguistas, que vai vibrar a 10.000 quilômetros do Maracanã, lá em Paris. É tudo isso que quero parabenizar para os três anos da Fla Paris.







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