Por causa da Copa do mundo, a temporada do futebol acabou mais cedo do que costume, que geralmente se fecha mais ou menos nesse período do ano. Como foi o caso em 2011, com um jogo contra Vasco. Inclusive, a CBF teve a ideia de programar oito clássicos na última rodada do Brasileirão. Não gosto da ideia, prefiro ver clássicos regularmente durante o ano, e não todos decisivos, ou não, com times que não têm mais nada a ganhar, a menos um clássico, que já é muito.
Mas a última rodada do Brasileirão de 2011 era decisiva, com dois dos maiores clássicos do país, o Clássico dos Milhões e o Derby Paulista, Flamengo x Vasco e Corinthians x Palmeiras. E vejam como as coisas podem mudar em dez anos, em 2011, Vasco brigava pelo título da Série A. Para o Vasco ser campeão, precisava vencer Flamengo e torcer para uma derrota do Corinthians contra Palmeiras.
4 de dezembro foi um dia muito triste para o futebol brasileiro, com a perda de um craque eterno, o Doutor Sócrates, que merece nesse blog uma crônica na categoria dos ídolos, apesar de ter jogado muito pouco com o Manto Sagrado. Fez muita mais história no Corinthians e sua morte era mais um motivo para desejar a vitória do Corinthians no Brasileirão 2011. Por seu lado, Flamengo precisava pelo menos de um ponto para ficar na frente do Internacional e se classificar na pré-Libertadores.
No Engenhão, para um publico de 34.604 pessoas, Vanderlei Luxemburgo escalou Flamengo assim: Felipe; Léo Moura, Welinton, Alex Silva, Júnior César; Willians, Fierro, Renato Abreu; Thiago Neves, Ronaldinho, Negueba. Um time limitado, para quem uma classificação na Libertadores já era uma satisfação.
O Vasco de Diego Souza, Alecsandro e Felipe, precisando da vitória, começou melhor a partida. Com meia hora de jogo, Gonzalo Fierro foi facilmente driblado pelo Nilton, que cruzou para Diego Souza fazer valer a lei do ex. Vasco estava na frente e agora dependia de uma vitória de Palmeiras para ser campeão. Era para ver qual união era a melhor, entre Vasco e Palmeiras ou Flamengo e Corinthians.
No início do segundo tempo, Vasco também começou melhor. Mas, Flamengo tinha um craque que Vasco não tinha. Ronaldinho, que apareceu muito pouco durante o jogo, recebeu no campo do Flamengo uma bola de Renato Abreu, resistiu ao contato do Dedé, e com uma facilidade impressionante mas não surpreendente, fez um lançamento com o pé esquerdo de 50 metros em profundidade para o Deivid. De forma surpreendente, Deivid pedalou e achou Renato Abreu, chegando na grande área em velocidade. Um domino, um drible curto para abrir o ângulo, e um chute esquerdo para empatar. Gol do Flamengo, agora Vasco nem precisava olhar o que acontecia no Pacaembu, não ia ser campeão brasileiro.
Depois, foram lances perigosos, expulsões, uma de cada lado, Jumar e Renato Abreu, mas nada de gol. E no Pacaembu, também foi empate sem gol e expulsões. No final das contas, Corinthians campeão, Flamengo na Libertadores e para o Vasco, a resposta vinha da torcida flamenguista nas arquibancadas do Engenhão: “Ôooo, vice de novo”.








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