Jogos eternos #41: Flamengo 3×0 Independiente del Valle 2020

A lembrança do dia é evidente para o jogo de hoje, com um outro jogo de volta da Recopa Sudamericana, contra o mesmo Independiente del Valle. Mas diferente do jogo de ida de 2020, Flamengo entra nesse jogo de 2023 com uma desvantagem e vai ter que reverter a decisão.

Na Recopa Sudamericana de 2020 de ida, jogo foi 2×2 antes da volta no Maracanã. E a volta foi muito bom. No 26 de fevereiro de 2020, também dia do primeiro caso de Covid no Brasil, a torcida lotou o Maracanã, com 69.986 presentes. Para um de seus últimos jogos no Flamengo, Jorge Jesus escalou Flamengo assim: Diego Alves; Rafinha, Gustavo Henrique, Léo Pereira, Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, Éverton Ribeiro, Arrascaeta; Gabigol, Pedro. Um timaço, que ia fazer um jogo eterno.

Primeiro lance perigoso foi do Flamengo, Gerson escapando da saída do goleiro para fazer um passe atrás para o Gabigol, que chutou, mas o zagueiro Segovia salvou de cabeça. Um minuto depois, o mesmo Segovia se perdeu, cabeceou atrás para seu goleiro, bola foi na trave e depois para Gabigol, loiro e imperdoável, que fazia mais um gol numa final.

Com apenas 23 minutos, Willian Arão foi expulso e deixou Flamengo com 10 homens. Mas esse Flamengo de Jorge Jesus era avassalador. Everton Ribeiro lançou em profundidade Gabigol, que acelerou, passou entre três defensores e chutou cruzado. Goleiro defendeu, impedindo um golaço. Mesmo sem o gol, que saudade desse Flamengo brilhante e ofensivo.

No segundo tempo, quem começou a brilhar no Flamengo foi Diego Alves, com uma defesa impressionante contra Favarelli, que estava na cara do gol, a 10 metros de distância. Cinco minutos depois, Gabigol, mais uma vez ele, driblou na direita, acelerou, entrou na área, cruzou atrás para Gerson, que, com um chute de carrinho, fazia o terceiro gol de sua carreira com o Manto Sagrado.

No fim do jogo, mais uma contra-ataque e uma triangulação com Michael, Gabigol e Vitinho. Vitinho se distanciou do goleiro adversário, mas conseguiu rolar a bola para Gerson. O Coringa dominou de sola e achou com a tranquilidade do artilheiro que ele não é, o canto aposto. Inclusive, um gol quase em câmera inverso do gol eterno de Tardelli contra Botafogo, na final da Taça Guanabara de 2008. Mesmo em desvantagem numérica durante uma hora, Flamengo deu mais um show, com a marca do Vapo, que em apenas um jogo, dobrou seus números de gols com o nosso Mengo.

Flamengo, dez dias depois de ganhar a Supercopa do Brasil, ganhava mais um título, fazia mais uma vez a alegria de um Maraca lotado.

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O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”