Jogos eternos #90: Botafogo 0x1 Flamengo 2009

Quando se fala do Flamengo, eu sou de um otimismo às vezes exagerado. Já acreditei em times muitos ruins, já acreditei em títulos muitos perdidos. Minha ideia para o jogo de hoje era um duelo para um título do Brasileirão entre Flamengo e Botafogo, a final de 1992, jogo de volta, já que o jogo de ida foi eternizado aqui. Mas apesar de todo meu otimismo em geral, não acredito ao título de 2023. Mesmo que Botafogo caia drasticamente, não vejo Flamengo, como o nível de hoje dentro e fora do campo, ganhar 15 pontos sobre o rival. O título para mim acabou, só pode ganhar, talvez, a Copa do Brasil.

Mas mesmo assim, não vou desistir de meu Mengo e vamos então para o primeiro jogo entre Botafogo e Flamengo no Engenhão, inaugurado em 2007. Flamengo já tinha jogado 3 partidas como mandante em 2008 e 2009, mas ainda não tinha jogado contra Botafogo no Engenhão, antes do 25 de outubro de 2009, já na reta final do Brasileirão. Era a época do tricampeonato carioca em cima do Botafogo, do chororô e do jejum, Botafogo não vencia Flamengo há 9 jogos.

Para o jogo contra Botafogo, o ídolo Andrade escalou Flamengo assim: Bruno; Léo Moura, Airton, Fabrício, Juan; Maldonado, Toró, Fierro, Petkovic; Zé Roberto, Adriano. Primeiro lance veio no 6o minuto, mas o chute de Zé Roberto só flirtou com a trave de Jefferson. Com 30 minutos de jogo, Adriano passou entre os dois zagueiros Juninho e Wellington, com potência e energia na grande área. Mas o Imperador não era só força física, também era técnica, era goleador, até artilheiro nesse campeonato. Com a perna esquerda de sempre, o Didico chutou sem chance para Jefferson, chutou forte para abrir o placar, chutou no gol para a alegria dos flamenguistas.

No segundo tempo, o juiz inventou um pênalti para Botafogo. Lúcio Flávio chutou, Bruno saiu do bom lado e fez a defesa. Nos acréscimos, num contra-ataque de Zé Roberto com sua caraterística velocidade, Gil, que entrou no lugar do Petkovic, tinha o gol feito, mas errou feio. Sem consequência no final, vitória do Flamengo, que ainda estava fora do G-4, mas com apenas 3 pontos atrás do líder, Palmeiras. Agora, Flamengo de 2023, é tarde demais para aprender.

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O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”