Antes do jogo atrasado entre Flamengo e Red Bull Bragantino, um jogo eterno de um ano só, e de muita saudade para mim. No meu primeiro mês morando no Brasil, fui ao meu terceiro jogo do Flamengo no Maracanã, depois da semifinal da Copa do Brasil contra São Paulo e o Fla-Flu no Brasileirão, minha volta na Norte. E para o jogo contra Red Bull Bragantino, encontrei meu amigo Gabriel antes da partida e fomos na Norte com a Fla Manguaça, o início para mim de uma rotina de muitos, muitos jogos.
Flamengo estava longe do título e não vencia no Brasileirão há 4 jogos, mais de um mês sem vitória. No 1o de outubro de 2022, Dorival Júnior escalou Flamengo assim: Santos; Rodinei, Fabrício Bruno, Pablo, Ayrton Lucas; Thiago Maia, Vidal, Arrascaeta; Éverton Ribeiro, Gabigol, Pedro. Contra Bragantino, o Maracanã precisou de apenas 3 minutos para explodir, Gabigol, no cara a cara com o goleiro, foi puxado por um desesperado Luan Cândido, justamente expulso pelo Daronco. Na cobrança, Gabigol achou, não a rede, mas a trave. Incrível como Gabigol também perdeu o lado matador nos pênaltis quando antes era um dos melhores, se não o melhor, batedores de pênalti no Brasil. Enfim, primeira decepção no Maracanã, mas era só o início do jogo.
Finalmente, Gabigol nem precisou de 10 minutos para achar o caminho do gol e da alegria da torcida. Tabelinha entre Arrascaeta e Vidal, Arrascaeta invadiu a grande área no estilo de Bruno Henrique contra River Plate em 2019, e achou Gabigol na esquerda, como BH27 tinha achado o próprio Arrasca na final de 2019. Essa vez, Gabigol chutou diretamente no gol, chutou cruzado, chutou bonito, 1×0, explosão no Maraca.
No incio do segundo tempo, com uma jogada boba de Arturo Vidal, Daronco apitou o pênalti para Bragantino e Helinho empatou. Tensão no Maraca. Mas o segundo tempo pertencia a um homem, Pedro. Ou melhores, 5 minutos do segundo tempo. Com 20 minutos no segundo tempo, depois de bom cruzamento da esquerda de Éverton Cebolinha, que entrou em campo após o intervalo, Pedro fez o gol de um toque só, com o pé esquerdo. Com 24 minutos, outro bom cruzamento, agora da direita, agora de Arrascaeta, outro gol de Pedro de um toque só, agora do peito. Festa, cantos, emoção no Maracanã.
E menos de dois minutos depois, Ayrton Lucas fez toque leve para Pedro, perto da marca do pênalti. Com um toque só de novo, agora de pé direito, Pedro mandou de novo a bola para as redes, pela terceira vez em cinco minutos. Como é bom de comemorar um gol após o outro, o Maracanã fica mais cheio, mais bonito, mais caloroso. E Pedro é goleador, é artilheiro completo, artilheiro nato. Seu hat-trick só não foi o mais rápido da história do Flamengo porque Bruno Henrique fez 3 contra o Corinthians em 2019 em 4 minutos. Mas entre o segundo e o terceiro gol de Bruno Henrique, teve o intervalo, então acho o de Pedro mais especial ainda. E mais, eu estava lá no Maraca para cantar, para gritar, para vibrar.
No final, hat-trick e bola do jogo para Pedro, goleada do Flamengo, e para mim uma volta inesquecível de metrô até a Rocinha, o que ia se tornar rotina em dias de vitória. No metrô, foram muitos cantos com Gabriel e outros irmãos flamenguistas desconhecidos, porque duas horas de jogo, mesmo com 4 gols, não são suficientes para cantar todo meu amor pelo Flamengo.








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