Jogos eternos #109: Flamengo 3×1 América 2007

Hoje, Flamengo joga contra o América Mineiro, ultra-rebaixado e lanterna do Brasileirão, em Uberlândia. Então para o jogo eterno vamos em outra cidade mineira, Juiz de Fora, contra outro América, de Natal, um jogo de 2007 deslocalizado em terras mineiras por causa dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro.

E na época, quem era a lanterna do Brasileirão era o próprio Flamengo. Estreou no Brasileirão de 2007 com derrota contra Palmeiras, venceu em seguida Goiás, e depois ficou 8 jogos sem vencer! Flamengo estava na última colocação da tabela, dois pontos atrás do America. Era um jogo de perigo, principalmente para o técnico Ney Franco, que tinha o cargo ameaçado. No 25 de julho de 2007, Ney Franco escalou Flamengo assim: Bruno; Léo Moura, Moisés, Thiago Gosling, Ronaldo Angelim, Juan; Jaílton, Cristian, Léo Medeiros, Renato Augusto; Obina. Um time de ídolos e de perebas.

No estádio Mário Helênio, com 10.854 pagantes, Flamengo precisou de 18 minutos para abrir o placar. A falta da promessa Renato Augusto bateu na trave, a bola bateu em vários jogadores na pequena área, voltou para o ídolo Ronaldo Angelim que, com uma inusitada mas apropriada camisa 9, tocou de bico e fez o primeiro gol da partida. Mas eram tempos de crise, e Flamengo estava dominado no jogo, apesar do América chutar muito longe do gol. Até uma falta, colocada na cabeça de outro zagueiro, Carlos Eduardo, que empatou dez minutos antes do intervalo. Nos acréscimos, Ronaldo Angelim quase fez uma assistência para Obina, que chutou cruzado, a bola flirtou com a trave, mas do lado errado. No intervalo, Flamengo 1×1 América.

No início do segundo tempo, Obina teve outra oportunidade, fez a jogada de pivô, mas sem espaço para chutar com força e o goleiro fez a defesa fácil. Jogo ficou animado, com lances de dois lados, o maior para Obina, de novo de pivô, agora com mais força, mas sem precisão. E o gol chegou na hora de jogo, Jaílton teve espaço na direita, com 25-30 metros de distância, para chutar. O chute saiu bonito e certinho, pegou de surpresa o goleiro Renê, que tocou a bola com a mão, mas não suficientemente para impedir o gol, a alegria rubro-negra.

Flamengo continuou a dominar e o terceiro gol chegou com jogada de ídolos, cruzamento de Juan para a cabeçada de Obina, que foi comemorar o gol abraçando o técnico Ney Franco. No final, uma vitória 3×1, Flamengo saía da lanterna mais ficava na zona de rebaixamento, um alívio para Ney Franco, de pouco tempo, o técnico caiu na rodada seguinte depois de um empate 2×2 contra Corinthians. Mas chegou um técnico ídolo, Joel Santana, e um outro ídolo, Ibson, e depois de mais duas derrotas, Flamengo arrancou, arrancou, até chegar no final do campeonato a uma inesperada vaga na Libertadores. Vamos arriscar mais uma vez, aprendre Flamengo de 2023.

Uma resposta para “Jogos eternos #109: Flamengo 3×1 América 2007”.

  1. Avatar de Times históricos #27: Flamengo 2007 – Francêsguista, as crônicas de um francês apaixonado pelo Flamengo

    […] fáceis, frustrar sua torcida. Flamengo ficou até a última colocação, respirou um pouco com um sucesso contra o América de Natal, insuficiente para manter o técnico Ney Franco no cargo, substituído por uma lenda do clube, o […]

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O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”