Jogos eternos #125: Boavista 2×3 Flamengo 2011

Em 2011, Flamengo tinha contratado um dos maiores jogadores da história do futebol, Ronaldinho Gaúcho. O Gaúcho era nosso, a festa na Gávea foi bonita, e Ronaldinho estreou, já com a faixa de capitão, acho um absurdo, contra Nova Iguaçu, no campeonato carioca. Wanderley fez o único gol da partida, sem a participação de Ronaldinho.

Três dias depois, no 6 de fevereiro de 2011, o Mengão estava de novo em campo, e Vanderlei Luxemburgo escalou Flamengo assim: Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz, Egídio; Maldonado, Willians, Renato Abreu; Thiago Neves, Ronaldinho, Deivid. Um time de alta qualidade, principalmente no meio de campo e no ataque, e que tinha estreado perfeitamente no campeonato carioca: 5 jogos, 5 vitórias. Só faltava o primeiro gol de Ronaldinho Gaúcho com o Manto Sagrado.

No Moacyrzão de Macaé, o trio ofensivo, que ia brilhar muito em 2011 com 21 gols para cada um, começou a brilhar na metade do primeiro tempo. No meio de campo, Thiago Neves fez um longo lançamento para Deivid, que chegou antes do goleiro, quase obrigado a cometer o pênalti. A cobrança, claro, para Ronaldinho. O destino, claro, as redes, Ronaldinho chutou forte, chutou cruzado e deixou o primeiro gol dele com o Flamengo. Um gol histórico num jogo eterno.

No início do segundo tempo, a jogada começou com dois jogadores que mereciam a faixa de capitão, Renato Abreu fez o passe lateral na altura da linha de meio-campo. Léo Moura avançou, avançou até chegar quase na grande área, quando fez o drible. Com dois toques, eliminou o adversário e chegou na altura da linha do gol, quando cruzou. Deivid, à 50 centímetros do gol, conseguiu fazer o gol de cabeça.

Flamengo estava perto da vitória, mas dois minutos depois, Frontini conseguiu reduzir a vantagem. E à dez minutos do fim do jogo, Frontini aproveitou da falha de Welinton para recuperar a bola e chutar, o chute foi desviado pelo Jean e enganou Felipe, que não teve tempo de voltar para impedir o empate. Mas o jogo do primeiro gol de Ronaldinho Gaúcho merecia uma vitória, e um gol lindo para acabar com o jogo. Willians para Thiago Neves, de trivela para Ronaldinho. Com seu jeito particular, Ronaldinho deixou o adversário chegar nas costas, conseguiu ficar com a bola até achar Willians na esquerda para completar a triangulação. Willians fixou o zagueiro e o driblou na esquerda, antes de cruzar na segunda trave para o gol fácil de Negueba, que tinha entrado em campo quatro minutos antes.

O Flamengo conseguia uma sexta vitória consecutiva num campeonato que ia conquistar de maneira invicta. O Flamengo era o campeão e o Gaúcho era nosso.

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O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”