Jogos eternos #148: Red Bull Bragantino 1×1 Flamengo 2021

Em agora quase 150 crônicas sobre os jogos eternos do Flamengo, sempre gostei de relacionar o jogo eterno do dia com o jogo do Flamengo na atual temporada. E no ano passado, o jogo na Bragança Paulista foi um dos únicos – acho até o único, que deixei passar. Por excesso de trabalho e falta de opções. Contra o Bragantino, tem poucos jogos possíveis, porque também gosto de deixar o vídeo de jogo. Tinha 2 vitórias por 1×0, em 1994 e 1996 quando o Bragantino ainda não era bebida energética, gols de Sávio e Bebeto, mas só tinha o gol no vídeo e nenhum outro lance. Tinha dois 1×1 mais recentes, mas mais frustrantes que gratificantes. Até pensei fazer sobre outro time do interior paulistano mais tradicional, como Guarani, a Ponte Preta ou a Portuguesa.

Mas no meio da semana teve uma excelente notícia com a liberação de Gabigol, que estava suspenso por 2 anos. Gabigol está no mínimo no top 5 da galeria dos ídolos do Flamengo. Em 5 anos, foram mais de 150 gols e muitos, muitos títulos. O ano de 2023 foi decepcionante, mas não podemos esquecer tudo que ele fez com o Manto Sagrado e tenho certeza que ele ainda pode render no time. Vamos então mesmo para um jogo recente, contra o Red Bull Bragantino, com Gabigol decisivo.

O ano era 2021 mas o campeonato ainda era 2020. Tempos sombrios da Covid, hospitais cheios, estádios vazios. Na reta final do campeonato, Flamengo brigava pelo título, pelo bicampeonato, pelo octa. No 7 de fevereiro de 2021, Rogério Ceni escalou Flamengo assim: Hugo Souza; Isla, Willian Arão, Gustavo Henrique, Filipe Luís; João Gomes, Gerson, Arrascaeta; Éverton Ribeiro, Bruno Henrique, Gabigol. Só a vitória interessava, com a possibilidade de tomar o posto de líder ao Internacional, que tinha um jogo a menos.

Flamengo dominou o início do jogo, sem conseguir fazer o gol, bola fugindo da meta, bola parando nas mãos do goleiro Cleiton. E com meia hora de jogo, com intervenção do VAR, o juiz apitou pênalti para o Flamengo. E Gabigol, no estilo dele, com tranquilidade, no contrapé do goleiro, fazia o gol e chegava ao quarto jogo consecutivo estufando as redes.

Flamengo continuou a dominar, de novo sem conseguir fazer o segundo gol, e com hora de jogo, Bragantino empatou com gol de Ytalo. O goleiro Cleiton, em estado de graça, fez milagres contra Bruno Henrique, contra Arrascaeta, contra Gabigol, contra o Flamengo todo, contra a Nação inteira. No final, um empate 1×1 frustrante, Flamengo perdia a oportunidade de ser o novo líder. Mas no finalzinho, Gabigol voltou a ser decisivo nas vitórias contra o Corinthians e o Internacional e no finalzinho-zinho, apesar da derrota contra São Paulo, Flamengo era o campeão, de novo, Gabigol o ídolo, como sempre.

Deixe um comentário

O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”