Flamengo x Cruzeiro é um clássico do futebol brasileiro e tinha várias opções na hora de escolher um jogo eterno. Mas como Cláudio Adão vai completar 69 anos nesta terça-feira, eu vou de um jogo em que ele brilhou, em 1977.
No Brasileirão de 1977, Flamengo fechou a primeira fase no primeiro lugar de seu grupo, na frente de Fluminense. Na estreia da segunda fase, enfrentou Cruzeiro, já no final do ano. No 4 de dezembro de 1977, o técnico Jayme Valente escalou Flamengo assim: Cantarele; Toninho Baiano, Rondinelli, Nelson, Júnior; Merica, Paulo César Carpegiani, Adílio; Zico, Cláudio Adão, Osni.
No Maracanã, com público de 79.993 pagantes, Flamengo tomou o primeiro gol, um golaço de falta de Nelinho, um dos maiores batedores de faltas da história, apontado como o maior pelo próprio maior de todos, Zico. Nelinho foi um dos maiores laterais direitos do futebol brasileiro, mas Flamengo, já antes da chegada de Leandro, também estava bem na lateral direita com um jogador que brilhou na Seleção, Toninho Baiano. E numa outra falta, o maior de todos chegou, Zico curvou de três dedos, o futuro goleiro rubro-negro Raul falhou, Toninho Baiano empatou.
O segundo tempo pertenceu ao Cláudio Adão, que um dia terá a crônica dele na categoria dos ídolos. Vamos então dizer aqui que começou a carreira no Santos, sendo um dos últimos parceiros de Pelé, até apontado como o sucessor de Pelé, obviamente de maneira enganada. Em 1976, teve uma grave lesão, quebrando a tíbia e a fíbula, numa época em que esta lesão era quase sinônimo de fim de carreira. Mas Cláudio Adão voltou, assinou em 1977 com o Flamengo, brilhou com o Manto Sagrado. No jogo contra Cruzeiro, fez 2 gols no segundo tempo, levou Flamengo a vitória de virada. Flamengo fechou a segunda fase no primeiro lugar, mas decepcionou na terceira fase. Cláudio Adão ainda foi um destaque no tricampeonato carioca 1978-1979-1979 Especial antes de assinar no Botafogo em 1980 e no mesmo ano chegou ao Fluminense, conquistando um tetracampeonato pessoal. Foi um dos raros jogadores a jogar nos 4 gigantes do Rio e jogou em vários outros clubes cariocas. Cláudio Adão foi um desses jogadores que honrou o Manto, especialmente nesse jogo contra Cruzeiro de 1977.








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