Eu vou continuar a combinar o jogo eterno do dia com o estádio do jogo da Seleção brasileira, hoje o estádio Defensores del Chaco em Assunção. Eu já eternizei há pouco um jogo eterno aqui, uma vitória 4×2 contra Cerro Porteño, com 3 gols e uma assistência de Zico no caminho da primeira Copa Libertadores do clube, em 1981. Eu vou hoje fazer um salto de 20 anos, para chegar no primeiro ano no terceiro milênio, em 2001.
O adversário agora é Olimpia e a competição é a Copa Mercosul, que Flamengo venceu em 1999, antes de ver o arquirrival Vasco conquistar o título um ano depois. Em 2001, Flamengo começou a competição com 4 vitórias e um empate e já tinha certeza de fechar o grupo no primeiro lugar antes do jogo contra Olimpia. O técnico Zagallo, muito perto do fim da carreira, cedeu seu lugar ao preparador físico Luiz Carlos Prima, que conquistou o tetracampeonato do mundo em 1994 e escalou o time reserva do Flamengo para um jogo sem importância, ainda menos com o time lutando paralelamente contra o rebaixamento no Brasileirão. Assim, no 18 de outubro de 2001, Luiz Carlos Prima escalou Flamengo assim: Clemer; Bruno Carvalho, Leonardo Valença, Gilmar, Cássio; Jorginho, Carlinhos, Rocha, Fábio Augusto; Roma, Jackson.
Antes do jogo, o efêmero canal de televisão PSN escolheu Roma como o jogador chave para o Flamengo. De 22 anos, o atacante paraense era chamado de Roma por causa de uma suposta semelhança com Romário. Estreou em 2000 e não chegou a jogar com o grande inspirador, mas tinha um futebol de dribles e de alguns gols, já tinha marcado na Copa Mercosul 2000, seu primeiro gol profissional, contra Vélez Sarsfield. Fez 7 gols no campeonato carioca 2001, depois disso fez apenas um gol, contra Santos, na temporada de 2001 até aqui.
E com 32 minutos de jogo no Defensores del Chaco, Roma recebeu de Fábio Augusto, de costas resistiu a charge de Nogueira, girou, driblou um, driblou dois, e chutou de fora da área. Surpreendeu o goleiro e abriu o placar com um golaço. Ainda no primeiro tempo, Rocha abriu na esquerda para Roma, que deixou um zagueiro no chão e abriu o pé, vencendo o goleiro pela segunda vez do jogo.
O jogador de 1,69 metro de altura fazia o 2 gols da partida e decidia o jogo sozinho, como fez tantas vezes Romário antes dele. Roma voltou a ser protagonista do Flamengo no final da temporada, fez o único gol de um jogo crucial contra Cruzeiro para se salvar do rebaixamento e, saindo do banco, fez o último gol rubro-negro do Brasileirão, segurando de vez a permanência na Série A com uma vitória contra Palmeiras. No início do ano 2002, já com a falência da ISL decretada e a saída de Edílson, Roma jogou os 120 minutos do segundo jogo da final da Copa Mercosul, contra San Lorenzo. Na disputa de penalidades, perdeu o pênalti que decretou o título para o time argentino. Existe muitos jogadores pequenos, dribladores e velozes, mas o Baixinho, apenas um…








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