Jogos eternos #204: Bahia 2×2 Flamengo 1995

Mesmo com a chegada de Filipe Luís no banco do Flamengo, ainda é difícil para mim de estar optimista para o final da temporada, principalmente no Brasileirão. Antes do jogo contra Bahia na Fonte Nova, volto para uma temporada que também começou com grandes sonhos e acabou com decepções ainda maiores, a de 1995.

Em 1995, Flamengo contratou a chamada “maior ataque do mundo”, Romário e Edmundo se juntando ao craque da casa, Sávio. Na primeira fase do Brasileirão, Flamengo decepcionou muito. Ganhou apenas dois jogos, contra Bragantino e Juventude, dois jogos eternos no Francêsguista, empatou mais dois jogos e perdeu 7 vezes! Assim, acabou na última colocação de seu grupo… Uma vergonha, mas ainda tinha a esperança de conquistar a segunda fase para se classificar nas semifinais. Fla começou com vitória contra Criciúma e ficou no 0x0 no Fla-Flu.

Para a terceira rodada da segunda fase, Flamengo jogou contra Bahia, que também tinha 4 pontos na segunda fase até aqui. No 21 de outubro de 1995, o saudoso Apolinho Rodrigues escalou Flamengo assim: Paulo César; Luís Carlos Winck, Válber, Ronaldão, Alexandre; Márcio Costa, Djair, Rodrigo Mendes; Sávio, Edmundo, Romário. O melhor ataque do mundo e talvez a pior defesa do campeonato.

Na Fonte Nova, Flamengo começou melhor, com uma dupla de grandes sonhos e pesadelos ainda maiores. Edmundo tabelou com Romário, driblou um zagueiro e foi desequilibrado por um segundo. Romário continuou o lance e abriu o placar de bico, antes de partir para o abraço com o então amigo Edmundo. No final do primeiro tempo, Edmundo no meio de campo achou Romário, que no seu estilo particular, driblou um zagueiro antes de abrir o pé, sem chance para o goleiro. Mais um abraço para Edmundo, que virou garçom de artilheiro Romário, já com 8 gols no Brasileirão, sem saber que seriam seus últimos do campeonato. No intervalo, a vitória de Mengo parecia ser certa.

E a vitória parecia ainda mais certa nos 10 minutos finais do jogo, ainda com 2 gols de vantagem para Flamengo. Mas Bahia inflamou a Fonte Nova com uma falta de Lima para a cabeçada mortal do zagueiro Ronald. E nos acréscimos, o goleiro rubro-negro Paulo César falhou de forma inacreditável, Raudnei aproveitou e empatou de cabeça, Flamengo deixava escapar a vitória certa. O empate parecia a norma para Flamengo no segundo turno, com 7 empates em 12 jogos. Flamengo fechou a fase na 7a colocação de seu grupo, longe do primeiro Botafogo, um final sem emoção, com muita frustração.

Deixe um comentário

O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”