Flamengo e o Atlético Mineiro já se enfrentaram três vezes na Copa do Brasil. Teve a eliminação traumática de 2014 e a vingança de 2022, no caminho do tetracampeonato. E antes disso, teve o primeiro confronto, também no caminho de um título, o bicampeonato de 2006.
Em 2006, Flamengo passou de ASA na primeira fase, depois passou de ABC e Guarani com algumas goleadas, 4×0 contra ABC na volta, 5×1 contra Guarani. Já o Atlético Mineiro passou do Atlético de Ibarama, time de Santa Catarina, e do Mineiros, time de Goiás. Depois, reverteu o placar na ida e se classificou contra Fortaleza com gol nos minutos finais de Zé Antônio. Assim era o quarta da final, um clássico do futebol brasileiro entre Flamengo e o Atlético Mineiro.
Em 2006, Flamengo também começou o duplo confronto em casa, num Maracanã ainda raiz. No 26 de abril de 2006, o técnico Waldemar Lemos escalou Flamengo assim: Diego; Léo Moura, Renato Silva, Ronaldo Angelim, Juan; Léo Oliveira, Júnior, Jônatas, Renato Abreu; Ramírez, Vinícius Pacheco. Um time limitado, que vinha de uma temporada bem difícil, mas com ídolos ainda em formação, até no banco de reservas.
Com apenas 12 minutos, já uma primeira alegria no Maracanã. Da esquerda, o paraguaio Ramírez cruzou alto, bola chegou até a segunda trave, nos pés de Renato Abreu, que fez uma grande temporada em 2005, sendo o maior artilheiro do Flamengo no ano com 14 gols. Contra o Galo, Renato dominou, bateu com efeito e deixou a bola nas redes com a ajuda da trave.
No intervalo, o já ídolo Obina entrou no lugar de Ramírez e foi decisivo já no primeiro lance. Com apenas 15 segundos, abriu na esquerda para Juan, que acelerou e cruzou. Bem colocado na grande área, Renato Abreu chutou de primeira e fez o doblete, vencendo o goleiro Bruno, que ainda em 2006 assinaria com o Flamengo.
E apenas 3 minutos depois, Jônatas chegou na velocidade na grande área e chutou, Bruno defendeu, Obina recuperou e chutou, Bruno defendeu de novo. Mas Obina tinha a raça do artilheiro, o amor da torcida, a paixão rubro-negra. Ganhou mais uma vez a bola, fintou e agora sim, fez o terceiro do jogo, quase para matar o Galo. Porém o Atlético Mineiro não desistiu e com hora de jogo, Márcio Araújo, ele mesmo, invadiu na grande área e chutou, Diego defendeu mas bola voltou no Márcio Araújo, ficou no ar até o cabeceio de Marinho, que morreu na rede. O Atlético Mineiro ainda estava vivo.
E nos 10 minutos finais do jogo, o golaço do dia. O jovem Vinícius Pacheco, 20 anos na época, entortou Vicente com um drible sensacional. Bola parada, Vinícius Pacheco parado, Vicente parado, Vinícius Pacheco se movimentou, driblou, Vicente ficou parado. Quando reagiu, já era tarde demais. Vinícius Pacheco fez o passe certinho atrás para Jônatas, que chegou bem para fazer o gol fácil, o gol do 4×1.
Flamengo goleava pela terceira vez consecutiva no Maracanã na Copa do Brasil de 2006 e já se aproximava da semifinal, a torcida continuava a viver o sonho de um título.








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