Jogos eternos #277: Flamengo 2×1 Bahia 2013

Flamengo perdeu a invencibilidade no Brasileirão de 2025, com lei do ex aplicada pelo Gabigol. Precisa agora de uma reação em casa contra Bahia. Vou para a lembrança do dia de um jogo de 2013. Flamengo também vinha de uma derrota, e a ameaça da lei do ex também vinha do banco de reservas, com a dupla Souza – Obina, uma dupla que me fez sonhar nos meus inícios de torcedor assíduo e apaixonado do Flamengo.

No 16 de outubro de 2013, o técnico Jayme de Almeida escalou Flamengo assim: Felipe; Léo Moura, Wallace, Chicão, João Paulo; Amaral, Elias, Carlos Eduardo; Paulinho, André Santos, Hernane. Um time bem diferente dos dias de hoje, mas tinha o ídolo antigo Léo Moura, Elias que fazia uma temporada excepcional além do artilheiro Hernane. Também tinha Paulinho, que eu adorava pela ginga e pelos dribles.

O jogo também marcou a estreia do terceiro Manto do Flamengo, uma camisa linda e preta, com alguns detalhes vermelhos, homenageando lugares da cidade do Rio de Janeiro, como o Pão de Açúcar, o Corcovado e a Lagoa Rodrigo de Freitas. O terceiro Manto nem sempre trouxe sorte ao Flamengo, mas essa camisa merecia estreia de galã de tanta beleza.

No Maracanã, com menos de 10 mil pagantes, primeiro lance de perigo foi para Flamengo e Paulinho, que dominou com o bico e chutou na sequência, sem vencer Fernando Lomba, um garoto do Ninho. O goleiro do Flamengo, Felipe, também fez boa defesa num chute de William Barbio. Elias, destaque da temporada, chutou duas vezes no gol, a última depois de ótimo drible de Paulinho, mas Lomba defendeu. O mesmo Paulinho, bem servido por Hernane, quase fez o gol, mas chutou em cima do travessão. No intervalo, 0x0.

No início do segundo tempo, Elias abriu na esquerda para André Santos, que cruzou, Paulinho chegou, cabeceou, abriu o placar. Logo depois, Hernane quase fez o segundo, fintou com o pé direito, chutou com o pé esquerdo, bola tocou na trave, quicou no goleiro, tocou na outra trave, e não entrou no gol. Bahia reagiu, com o antigo rubro-negro Souza, que abriu para Fernandão, não o saudoso ídolo do Internacional, mas um atacante carioca, que até fez um jogo no Flamengo em 2008. Fez valer uma espécie de lei do ex e empatou.

Fernandão fez o gol do empate faltando 10 minutos para o final do jogo. O empate era provável, mas Flamengo tinha um predestinado. Aos 85 minutos de jogo, Léo Moura acelerou na direita e cruzou, Marcelo Lomba chegou, mas o predestinado Hernane chegou antes, tocou na bola, no fundo da rede, para fazer o 13o gol dele no campeonato. O Maracanã, mesmo quase vazio, explodiu. No finalzinho, pressão do Bahia, Raul chutou, Felipe defendeu e o juiz apitou o final do jogo, liberou a Nação. O Flamengo, mesmo com jogadores limitados, se preparava para ser um time de coração, um time campeão.

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O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”