Para a volta da mais bela de todas, a Copa Libertadores, não tenho dúvida na escolha do jogo eterno do dia, ainda mais agora com a final de 2025 programada no Monumental de Lima. Eu vou de um outro Flamengo x Internacional de mata-mata, na sagrada Libertadores 2019.
A classificação para as quartas de final da Copa Libertadores de 2019 foi difícil, suada, sofrida e já eternizada no blog, com 2 gols de Gabigol contra Emelec e uma disputa de penalidades para perder o fôlego e depois respirar de alívio. Agora nas quartas, o adversário era mais forte, era brasileiro, era o Internacional de D’Alessandro, Rafael Sóbis e Paolo Guerrero. No 21 de agosto de 2019, o técnico Jorge Jesus escalou Flamengo assim: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís; Willian Arão, Cuéllar, Arrascaeta; Éverton Ribeiro, Bruno Henrique, Gabigol.
Flamengo dominou o início do jogo, mas nem Éverton Ribeiro, de pé direito, nem Rodrigo Caio, de cabeça, conseguiram vencer o Marcelo Lomba, antigo garoto do Ninho. Bruno Henrique começou a aparecer, mas nem de pé direito, nem de cabeça, conseguiu fazer o gol. O Internacional reagiu, sem realmente ameaçar a meta rubro-negra. E a chance mais clara foi para Gabigol, bem servido pelo Éverton Ribeiro e em posição de fazer o gol, mas Marcelo Lomba fez mais uma defesa. No intervalo, apesar do domínio do Flamengo, o placar ainda era de 0x0, nada era decidido.
No segundo tempo, apesar da entrada em campo de Gérson, quase aconteceu nada até os 15 minutos finais. E finalmente, Bruno Henrique, recém-chamado pelo Tite na Seleção brasileira, apareceu definitivamente. Aos 75 minutos de jogo, Éverton Ribeiro achou Bruno Henrique, com um pouco de espaço. Pouco mesmo, o zagueiro Víctor Cuesta fez o carrinho antes de Bruno Henrique chutar. Bola seguiu viva, Gerson tocou de bico antes da chegada de Marcelo Lomba, Bruno Henrique, de volta em pé, esticou a perna para tocar a bola na rede vazia. Finalmente a liberação para a Nação, o caminho aberto para a conquista da Liberta.
E quatro minutos depois, o futuro melhor jogador do torneio começou a se consagrar. Gabigol achou Bruno Henrique, em condições quase iguais do que no primeiro lance. Há de ver no replay e no re-replay a inteligência de Bruno Henrique, com finta e re-finta chamando a bola, para se livrar do zagueiro, para abrir um pouco de espaço. Bruno Henrique girou em direção ao gol, quase se atrapalhou no domínio, mas se recuperou, venceu Víctor Cuesta no corpo a corpo, venceu Marcelo Lomba com chute cruzado. O Maracanã explodiu, sentiu que o Flamengo de 2019 era diferente. Tinha craques diferentes e nesta linda noite de agosto, brilhou a estrela de Bruno Henrique.








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