Classificado para as quartas de final da Copa Libertadores, Flamengo volta hoje no Brasileirão, na liderança. Em 1999, Flamengo também jogou contra Vitória no meio do campeonato e estava numa boa fase, com 7 vitórias, um empate e 3 derrotas no Brasileirão.
O jogo contra Vitória também trazia um duelo no banco entre antigos craques do meio de campo, Carlinhos para o Flamengo no final da carreira de técnico, Toninho Cerezo no Vitória, ainda no descobrimento da função. No 26 de setembro de 1999, o eterno Carlinhos escalou Flamengo assim: Clemer; Eduardo, Luiz Alberto, Fabão, Athirson; Leandro Ávila, Fábio Baiano, Marcelo Rosa, Beto; Caio, Romário.
O jogo era no Maracanã antigo e raiz, de geral ainda. Mesmo com um publico modesto como foi o caso nesta tarde, o Maracanã era feliz, inspirava o futebol carioca, expirava a felicidade. Ainda mais com craques em campo, na inteligência e na habilidade. Aos 8 minutos, Fábio Baiano cobrou rapidamente uma falta, com a defesa do Vitória despreparada, com Athirson já chamando a bola na esquerda, já cruzando. Romário dominou com a perna esquerda como se era seu pé dominante e de pivô, fez o passe curto atrás para a chegada de Luiz Alberto, que chutou cruzado para abrir o placar.
Flamengo jogava numa velocidade demais, três minutos depois do gol, mais uma bola parada jogada rapidamente, agora um escanteio. O ataque mais rápido que a defesa, de novo um toque de Fábio Baiano para a ultrapassagem de Athirson, que cruzou. Agora Fabão tentou de calcanhar, a defesa baiana se livrou parcialmente do perigo. A bola voltou na cabeçada de Beto, nos pés de Marcelo Rosa. O meia fez uma linda pisadinha para eliminar o adversário e chutou cruzado para fazer o golaço.
O jogo se equilibrou, com algumas defesas de Clemer e nenhum outro gol marcado. Até o meio do primeiro tempo e uma falta cravada pelo Caio, bem perto da grande área. Romário já tinha cobrado uma falta no jogo um pouco antes, mas tinha chutado em cima do travessão. Agora, já com o nome dele na súmula, Marcelo Rosa pegou a responsabilidade de chutar, mesmo com Romário e Athirson perto dele, perto da bola. Marcelo chutou, gavetou, golaçou. Era o segundo golaço do dia dele, e detalhe, Marcelo Rosa fez apenas dois gols em toda sua carreira no Flamengo!
Em seguida, bem servido pelo mesmo Marcelo Rosa, Romário chutou de voleio, bola morreu na trave. E Vitória finalmente fez um gol, um lindo gol de cabeça de Tuta, que jogaria no Flamengo no ano seguinte. O jogo mudou um pouco e Vitória conseguiu um pênalti depois de falta de Fabão. Fernando cobrou, Clemer defendeu, a geral respirou, Flamengo reinava no jogo. E no final do primeiro tempo, Beto fez uma incursão na defesa do Leão e chutou na trave, de novo na trave. Só que essa vez, Romário estava na pequena área para continuar o lance, para fazer o gol fácil, já o quarto do Mengo.
No segundo tempo, Vitória fez outro gol, agora com Tuta como garçom, para a finalização de Cláudio Tauá. Vitória tentou inflamar o jogo e na saída da bola depois do gol, Romário errou feio no passe. Vitória partiu no ataque e Luiz Alberto salvou na grande área rubro-negra. No contra-ataque, um lance visto muitas vezes no Flamengo. Athirson foi acionado na esquerda e fez o toque leve para escapar do zagueiro, cruzou certinho em seguida. Romário pulou, cabeceou, dobletou.
Era o segundo gol do dia de um artilheiro que fez muito muito mais que 2 gols com o Manto Sagrado, até fez mais do que 200. E fez o gol da vitória sobre Vitória, um jogo que colocou Flamengo na vice-liderança, atrás do Corinthians apenas por causa do saldo de gols. Infelizmente, Flamengo tropeçou no final do campeonato com 7 derrotas em 9 jogos, e nem ficou entre os 8 classificados para as quartas de final. Porém, acredito que o Flamengo de 2025, já líder, já classificado para as quartas da Liberta, é bem diferente.








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