Na última crônica, escrevi sobre um jogo contra Cruzeiro em 2014, ano difícil para o Flamengo, com luta contra o rebaixamento. No Brasileirão de 2001, também foi complicado, até pior. Flamengo fechou a primeira fase na 24.a colocação, com apenas dois pontos a mais que o primeiro rebaixado. Talvez com um número menor de times no campeonato, o desfecho teria sido terrível. Ou talvez com um outro resultado na Fonte Nova contra Bahia.
Flamengo estreou no Brasileirão com um 0x0 contra a Ponte Preta e em seguida perdeu três jogos consecutivos, o último um 0x4 contra o Athletico Paranaense. Se recuperou um pouco vencendo Sport em casa, antes de um jogo emSalvador. Flamengo não tinha Petkovic, mas em troca tinha a volta dos convocados Juan e Edílson. E mais, tinha a estreia de Vampeta, por coincidência nas suas terras natais da Bahia. A contratação foi motivo de esperança para a Nação, mas em campo só rendeu decepções.
Em 19 de agosto de 2001, o técnico Zagallo escalou Flamengo assim: Júlio César; Alessandro, Juan, Leonardo Valença, Cássio; Jorginho Araújo, Vampeta, Beto, Fábio Augusto; Edílson, Reinaldo. O time era até bom, mas Flamengo não vencia contra Bahia no Brasileirão desde 1987, ou seja, 11 jogos sem vitória!
E o início do jogo na Fonte Nova quase confirmou isso. Nonato driblou Júlio César, mas não conseguiu chutar no gol. Na metade do primeiro tempo, Bahia acentuou a pressão, mas a bola apenas flirtou com a trave. E quem não faz, acaba tomando. Aos 26 minutos, Beto cobrou uma falta de longe. No rebote, Edílson girou e tocou para Alessandro, que de calcanhar abriu para Reinaldo, para o gol fácil, para o golaço coletivo.
No final do primeiro tempo, Júlio César, o herói de tantas lutas contra o rebaixamento, fez duas grandes defesas em cima de Nonato e Marcus Vinícius. E quem não faz, acabada tomando. Na metade do segundo tempo, bem lançado pelo Fábio Augusto, o também baiano Edílson driblou o goleiro e tocou no fundo da rede.
Flamengo acabava com o jejum contra Bahia, seja no Maracanã, seja na Fonte Nova, e conseguia três pontinhos, que valiam muito mais no final do campeonato. Em 2025, com um luta diferente, agora pelo título, esses três pontos também valem ouro.








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