Jogos eternos #347: Flamengo 4×1 Ceará 2019

Em 2019, o Flamengo foi campeão da Copa Libertadores e do Brasileirão em 24 horas. A Libertadores foi conquistada no Milagre de Lima e um dia depois, a derrota do Palmeiras oficializou o título brasileiro. Hoje, a situação é um pouco diferente. Já campeão da Libertadores, de novo em Lima, Flamengo precisa vencer hoje para repetir o feito de 2019 e conquistar também o campeonato nacional. E por coincidência, o adversário e o local são os mesmos, Ceará no Maracanã.

Em 2019, o clima era de festa só. Tinha 67.539 torcedores no Maracanã e um mosaico “Vencemos juntos”. Foi uma união entre a torcida e um time histórico, liderado por craques e um técnico carismático. Era um time de goleadas e de alegria, precisava de mais uma antes do time levantar a taça e comemorar com a Nação. Em 27 de novembro de 2019, o técnico Jorge Jesus escalou Flamengo assim: Diego Alves; Rodinei, Rodrigo Caio, Rhodolfo, Renê; Willian Arão, Diego, Reinier; Éverton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique.

Flamengo dominou o início do jogo, sem fazer o gol, Arrascaeta tocando no travessão, depois cabeceando fora do gol. Ceará ainda estava sob risco de rebaixamento e precisava da vitória. No seu primeiro ataque, o Alvinegro abriu o placar com gol de Thiago Galhardo e ameaçou a festa rubro-negra. Bruno Henrique também chutou na trave, Flamengo estava atrás no intervalo. Mas a torcida sabia que esse time era diferente, era capaz de tudo, até de golear em 45 minutos.

Aos 20 minutos do segundo tempo, Renê cruzou, Lincoln cabeceou, Bruno Henrique esticou a perna e empatou. Era o início da reação, da virada, da goleada. Cinco minutos depois, outro cruzamento, agora da direita, de Arrascaeta. E de novo Bruno Henrique chegou, tocou, virou. A Nação explodia para mais uma felicidade em 2019.

Já no final do jogo, Arrascaeta cobrou uma falta, o goleiro defendeu de forma parcial e Bruno Henrique chegou pela terceira vez para completar o hat-trick. BH27 chegava ao 21.o gol no Brasileirão e seria, com todos os méritos, eleito o melhor jogador da competição depois de já ter sido o craque da Copa Libertadores. Gabigol marcou a história com seus gols decisivos, mas Bruno Henrique provavelmente foi o melhor jogador do melhor time da América do Sul em 2019.

Faltava um golzinho para a goleada e nos acréscimos, Vitinho gingou, pedalou, chutou. Era o gol do 4×1, dos recordes de pontos, de melhor ataque, de tudo ou quase. O Flamengo de Jorge Jesus estava definitivamente na história. No Maraca, o time podia levantar mais uma taça, na frente de seu maior patrimônio, a torcida. A festa rubro-negra era completa.

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O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”