Um dos grandes nomes da temporada de 2025 do Flamengo foi indiscutivelmente o Filipe Luís. Bicampeão do Brasileirão e da Copa Libertadores como jogador, Filipe Luís foi nomeado técnico do Flamengo quase na sequência da carreira de jogador. E de novo venceu tudo, colocando seu nome ao lado de outros ídolos do Flamengo como jogadores e técnicos, Carlinhos claro, Carpegiani também.
Paulo César Carpegiani nasceu em 7 de fevereiro de 1949 em Erechim, Rio Grande do Sul. Seu pai, Hermínio Carpegiani, conhecido como Borjão, foi um bom jogador no time da cidade. Porém, o jovem Paulo César tinha preferência pelo futsal, na época chamado futebol de salão. “Eu tinha pavor do futebol de campo. Achava o campo grande demais”, explicou depois Paulo César. Assim, se tornou um jogador completo, bom na defesa, bom no ataque, bom no drible, bom no desarme. Aos 18 anos, trabalhava num escritório de contabilidade e sua técnica em campo – melhor, nos quadros, chamava atenção.
Com a benção do pai, Paulo César partiu para a capital. O destino era os juvenis de Grêmio. Porém, no caminho, mudou o destino. Paulo César teve um acidente de carro, faltou o encontro marcado e os dirigentes gremistas pararam de o contatar. Assim, o jovem foi para o rival, o Internacional. Lá, seu futebol agradou o técnico dos juvenis, Abílio do Reis, além de alguns jogadores profissionais. Em 1968, foi chamado no time principal pelo técnico Foguinho, também amigo do pai. Participou de dois jogos, contra Rio Grande e Sapucaiense, mas ainda jovem e franzino, voltou para os juvenis, onde conquistou o campeonato gaúcho sub-20, o primeiro da história do Internacional.
Paulo César, que logo virou Paulo César Carpegiani para não ser confundido com o irreverente Paulo César Caju, voltou no time principal em 1970 e estreou no GreNal, no Olímpico. Sem sentir o peso da estreia nem da camisa, foi decisivo na vitória em virada, cravando uma falta para o gol de empate. No jogo decisivo, Bráulio fez um dos gols que consagrou o Internacional como campeão gaúcho invicto. Na época, Bráulio era o principal nome do time colorado. Logo mudou com a nomeação como técnico de um antigo clássico meio-campista, Dino Sani, e a chegada de outro jovem craque da base, Falcão.
“Os coloridos dividiam-se entre braulistas e não braulistas. Quando o técnico Dino Sani foi convidado para assumir o Inter, em 1971, a discussão terminou. Sani sabia que Bráulio era lento demais, clássico demais, participativo de menos para o tipo de futebol que se praticaria nos anos 70. O Internacional lançava, na equipe principal, jogadores de força, como Caçapava. Mas dois garotos representavam a mistura ideal. Um era Paulo César Carpegiani, revelado ao mesmo tempo que Bráulio saía da equipe. O outro representava ainda mais a mistura perfeita entre o velho e o novo, a classe e a força, a disciplina e a arte: Falcão”, escreveu no livro Os 100 melhores jogadores brasileiros, Paulo Vinícius Coelho, que prosseguiu: “No começo dos anos 70, no triângulo de meio-campo que tinha o incansável Caçapava e o imortal Paulo Roberto Falcão, Carpegiani era o vértice da técnica, da visão, do passe preciso, do controle do jogo. Dos 8 títulos gaúchos seguidos que o Inter ganhou entre 1969 e 1976, o nome de Carpegiani só não aparece no primeiro, porque ele ainda não jogava no time principal”. Para Kenny Braga no livro Os dez mais do Internacional, “apesar da concorrência acirrada na disputa por vagas no meio-campo do Internacional, que dificultava as escolhas do técnico, Paulo César soube se impor com seu raciocínio rápido e exemplar domínio de bola, como poucos jogadores tiveram na história do futebol gaúcho”.
O futebol de Carpegiani foi além das fronteiras gaúchas e chegou na Seleção brasileira. Estreou em 1974 num amistoso contra o México e foi titular absoluto na Copa de 1974. Porém, o Brasil não convenceu e foi eliminado pela Laranja Mecânica de Cruyff. No livro Os 11 maiores volantes do futebol brasileiro de Sidney Garambone, Carpegiani lamentou a ausência de seu companheiro do Inter, Falcão: “Começamos a jogar juntos em 1972, 73… e acho até que ele poderia ter ido à Copa de 1974 comigo. Naquele time do Zagallo, por exemplo, eu tinha que marcar o tempo todo, porque o Rivellino só cercava, para ajudar. Se o Falcão estivesse lá, ia aliviar minha barra”. No mesmo livro, Rivellino lamenta por sua vez o desfalque de Clodoaldo, homenageando ao mesmo tempo Paulo César: “Carpegiani fez um p. mundial. Tinha melhor passe, afinal era um meia de origem… mas, pôooooo, fez falta fez. Se Corró tivesse em campo, Zagallo podia usar o Paulo mais na frente, usar outras variações, um ponta falso no lugar do Valdomiro, eu poderia ir mais na frente”.
De volta ao futebol nacional, o Internacional foi além das fronteiras gaúchas, conquistando o Brasileirão em 1975 e 1976. No time de Rubens Minelli, onde “todos precisam defender e atacar, independente da posição” e era inspirado pelo próprio Carrossel holandês, Carpegiani foi essencial com seu folego incansável e sua técnica apurada. Fez um gol na semifinal do Brasileirão de 1975 contra Fluminense, porém faltou a reta final da edição seguinte por causa de uma lesão na varilha. Foi um líder em campo, e nos vestiários. E por isso, acabou contratado pelo Flamengo.
O time do Flamengo tinha muitas craques da casa, mas o elenco era muito jovem. Faltava experiência na hora dos jogos importantes, dos momentos decisivos. Assim chegaram Paulo César Carpegiani, Cláudio Adão e Carlos Alberto Torres, depois Raul, com o objetivo de deixar o time mais preparado para a glória eterna. “Todos aqueles bons resultados foram consequência da política do clube de valorizar a prata da casa, mas, por outro lado, contratando aqui e ali jogadores experientes, como foram os casos do Raul e do Carpegiani. Assim, quem vinha das categorias de base já encontrava um suporte”, lembrou Júnior no livro Os dez mais do Flamengo de Roberto Sander. Paulo César Carpegiani estreou com o Manto Sagrado contra Olaria no campeonato carioca em 26 de março de 1977. O primeiro gol chegou exatamente dois meses depois numa goleada 7×1 contra Volta Redonda.
Carpegiani não revolucionou a maneira de jogar do Flamengo, mas se encaixou perfeitamente no time. “A virada de jogo com o Carpegiani era mais fácil, pela inteligência dele”, explicou Júnior no livro 1981 de André Rocha e Mauro Beting. “No Flamengo, o Carpegiani tocava a bola e aparecia livre. Aliás, o seu apelido entre a gente era ‘Sempre Livre’. Era muito inteligente. Jogava e colocava os companheiros para jogar”, acrescentou Nosso Rei Zico no mesmo livro. Ainda Júnior, agora no livro Os 11 maiores laterais do futebol brasileiro, de Paulo Guilherme: “Além de grande qualidade técnica, os jogadores eram inteligentes dentro e fora de campo. Raul e Carpegiani eram os mais experientes e passavam orientações que nos servem até hoje. O Zico, que era um craque, era de uma humildade em todos os sentidos. Tinha ainda o Júlio César e o Adílio, meus amigos desde moleque. Éramos como uma família. Quando um se desgarrava, o grupo puxava de volta”. Em 1978, Flamengo finalmente venceu o campeonato carioca, com um jogo eterno contra Vasco. E Carpegiani viveu seu ano mais completo no Flamengo com 67 jogos.
Flamengo também brilhou na Europa, conquistando o Troféu Cidade de Palma de Mallorca em 1978 contra o Real Madrid e o Troféu Ramón de Carranza em 1979 contra o Barcelona e Ujpest. “O Flamengo fez com os pés o que os Globetrotters fazem com as mãos”, escreveu o Diário de Cádiz. No Rio de Janeiro, Flamengo alcançou o tricampeonato carioca, ainda em 1979. “Só ganha títulos quem tem time, quem tem craques. E o Flamengo os têm. Bastam dois, Carpegiani e Zico, para desequilibrar a coisa”, explicou o eterno João Saldanha. Carpegiani ainda voltou na Seleção, disputando a Copa América de 1979, mas, coincidência ou não, não jogou na derrota fatal contra o Paraguai. No seu livro A Nação, Marcel Pereira escalou Carpegiani no seu time ideal do Flamengo dos anos de 1970, ao lado de Liminha e Geraldo no meio de campo.
Paulo César Carpegiani era uma peça extraordinária no esquema de Cláudio Coutinho e nem a ascensão meteórica de Andrade o tirou do time. Foi titular absoluto no Brasileirão de 1980, conquistado em cima do Atlético Mineiro. E PC Carpegiani, já bicampeão brasileiro com o Inter, chegava ao título máximo no Brasil com o Manto Sagrado. Flamengo fez mais uma vez uma excursão na Europa e o excesso de jogos pesou no Carpegiani, que começou a sentir lesões. Assim, jogou apenas 12 dos 27 jogos do campeonato carioca de 1980 e Flamengo falhou no tetra. Carpegiani fez seu último gol com o Manto Sagrado na mesma competição, num 2×2 no Fla-Flu, no Maracanã.
Em 1981, o trio Andrade – Adílio – Zico definitivamente reinou no meio de campo. Carpegiani ainda disputou 18 jogos, o último num 1×1 contra Bangu, de novo no Maracanã, antes de pendurar as chuteiras. O técnico era Dino Sani, primeiro técnico da carreira profissional de Paulo César Carpegiani. Assim, naturalmente, já com sua liderança em campo e sua amizade com os outros jogadores, Carpegiani passou a ser o assistente técnico do Dino Sani. Quando o Dino Sani teve problemas de relacionamento com alguns jogadores e precisou sair do Flamengo apesar dos bons resultados, o substituto era evidente: Paulo César Carpegiani.
Essa categoria é sobre os ídolos em campo, e não no banco, mas é impossível de não falar sobre o mestre Carpegiani, que pegou com naturalidade a nova função: “Acredito que não há dificuldade nenhuma em ser treinador, muito pelo contrário. Sempre adorei essa responsabilidade e, agora, mais do que nunca, estou pronto e apto para encarar esse problema com tranquilidade”. Anos depois, com muitas taças na conta, o técnico confirmou: “A transição de ex-companheiro para treinador foi muito fácil. Eu era querido e respeitado pelo grupo. Eles me ajudaram muito”. Carpegiani estreou no banco no Maracanã, com um empate 1×1 contra Olímpia na Copa Libertadores, gol de Adílio, que o substituiu em campo.
Já como técnico, Carpegiani teve seu jogo de despedida, num amistoso contra Boca Juniors eternizado no Francêsguista, conhecido como o “Desafio da Camisa 10” por causa do duelo entre Zico e Maradona. No livro Grandes jogos do Flamengo, da Fundação ao Hexa, de Roberto Assaf e Roger Garcia, Carpegiani falou sobre o jogo: “Eu já tinha largado o futebol, já era o treinador do flamengo, mas aproveitei o amistoso, que era encarado como o grande desafio entre os dois craques, Zico e Maradona, para fazer a minha despedida. Eu não tinha mais condições físicas, havia sido muito exigido durante a carreira, subi muita escadaria com peso, e nos últimos anos o joelho vivia à base de injeção. Aos 30 anos, parei. Logo que cheguei ao Flamengo, em 1977, vindo do Inter, que era bicampeão brasileiro, percebi uma coisa: o Flamengo, que não tinha sido campeão nacional, era festejado em qualquer lugar do Brasil. Sua torcida fantástica lotava todos os estádios, botava gente pelo ladrão. O Inter não lotava estádios. Em 81, assumi como treinador. A transição foi facilitada, porque era um time vencedor e eu conhecia bem os jogadores. Assumi logo depois do Dino Sani, e, ao contrário do que muitos pensam, não peguei o time formado, fiz várias alterações até o time ideal. No amistoso contra o Boca, por conta da rivalidade criada pela imprensa, incumbi o Andrade de marcar o Maradona. Disse para acompanhá-lo somente quando ele passasse do meio-campo. Andrade foi perfeito, e Zico marcou os dois gols da vitória. Joguei poucos minutos e fui recebido à beira do campo pelos meus filhos. Zico foi um dos cinco maiores do futebol mundial, de todas as épocas. Se encher a mão, ele cabe nos cinco dedos, assim como o Maradona e, logicamente, o Pelé”.
Carpegiani se juntava a uma galeria de ilustres nomes que brilharam no Flamengo tanto em campo como no banco, Carlinhos claro, Zagallo também, Andrade no hexa, Filipe Luís hoje. Claro, Carpegiani pegou algumas coisas do mestre e idealizador do Flamengo 1978-1983, o capitão Cláudio Coutinho. “Busquei muitas coisas nele. O diálogo, a conversa que eu tenho com os meus jogadores, eu aprendi muito com Cláudio Coutinho. Essa liberdade de expressão talvez tenha sido o grande motivo do sucesso do próprio capitão, além de todo o conhecimento que ele tinha”, explicou o sucessor no livro 1981, o ano rubro-negro, de Eduardo Monsanto.
Uma das maiores provas disso é na goleada contra Botafogo, onde jogava o próprio irmão do técnico rubro-negro, Édson Carpegiani. Lembra Zico, no livro Zico, 50 anos de futebol: “Foi a única vez na minha carreira profissional que dei palpite em relação à escalão de time. Porque o Lico já tinha entrado bem no time e no domingo de manhã o Carpeggiani veio conversar comigo, disse que estava em dúvida e tal, então eu falei para ele: ‘Eu acho que o nosso time fica mais equilibrado com o Lico, da forma como você quer que a gente jogue. Com o Baroninho, que joga muito avançado, o lado esquerdo, do Júnior, sempre fica descoberto. O que você está querendo que o Baroninho faça, ele não faz’. E começou assim, com o Lico”. Confirmou Carpegiani: “Aprendi com o Coutinho a ouvir os jogadores, a dialogar com eles para saber o que pretendiam. Até pela amizade e ascendência, ouvia sempre o Zico. Mas eu já tinha a ideia de escalar o Lico. Ele entrará bem nos jogos da Libertadores e fizerá o gol da virada contra o Campo Grande, em Ítalo Del Cima. Normalmente, eu dava antes a escalação para a imprensa. Mas, naquele dia, resolvi guardar o Lico para a hora do jogo”. E Flamengo goleou 6×0, Carpegiani achou o time que ia ganhar tudo.
O time eterno do Mengo foi um pouco diferente com a chegada do novo técnico, antigo jogador. “A cultura do Paulo César Carpegiani mudou um pouco aquela que o Coutinho tinha deixado, ele havia jogado com a equipe e conhecia todos, muito bem. Carpegiani foi um jogador de toque refinado, de muita visão, um craque. Trabalhou a equipe apurando o toque de bola, dando liberdade aos jogadores para criarem situações e se mexerem no campo. Por vezes, era Mozer quem estava no ataque, outras vezes era Andrade. Havia sempre muita movimentação”, julgou José Maria Zuchelli no livro Mozer, a história de um campeão, quando o próprio Carpegiani explicou bem simplesmente: “Futebol é a imposição de um modo de jogar sobre outro”. E Flamengo impôs a classe de seu futebol, o toque rápido, a troca de passes curtos, o futebol-arte.
E chegou a glória eterna, na final da Copa Libertadores. Depois de vitória no Maracanã e violência em Santiago, Flamengo tinha o desfalque de Lico, agredido pelo sanguinário Mario Soto. Assim, Carpegiani reformulou o time, com a ousadia e ideia brilhante de colocar Leandro no meio de campo. “Formamos um time combativo, com o Leandro no meio. Mas sempre dando liberdade para eles expressarem sua técnica e seu jogo”, lembrou o técnico. E em Montevidéu, Flamengo venceu com dois gols de Zico e um final de jogo que entrou na história. O Flamengo não era só bola, também era briga. Ainda PC Carpegiani: “Faltava pouco para o jogo terminar. A bola estava na esquerda, do outro lado, com o Júnior. O Tita estava bem na nossa frente e o Soto deu-lhe um soco na cara. Tive ímpetos de entrar em campo e bater também na cara dele. Eu e todo o banco. A revolta foi geral. Presidente, médico, todo mundo queria pegar o Soto. Então, na mesma hora, mandei o Anselmo entrar para dar o troco. Nosso preparador físico queria aquecê-lo. Falei para ele: ‘Não vai aquecer, não! Sai o Nunes e você entra lá, Anselmo, deixa a bola ficar do outro lado, dá no meio dele e pode sair’. Ele cumpriu sua missão. Hoje, me arrependo. Sou contra a violência. Não faria isso de novo. Nunca mais fiz”.
Depois do Carioca e da América, chegou o mundo inteiro. E o jogo contra Liverpool ficou marcado na história. Ainda Carpegiani, no livro 1981 de André Rocha e Mauro Beting: “Eu era um treinador jovem, ainda garoto, sem experiência. Mas, desde então, treinava muito duas situações. Uma era simples: o overlapping. Tínhamos muitas jogadas pelos flancos. Desde quando Chiquinho e Baroninho eram os pontas, sempre gostei de ponteiros. Mas, naquele Flamengo, era melhor atuar com Tita e Lico. Eles faziam múltiplas funções. A outra situação que eu trabalhava muito era a compactação. E muito difícil você acertar isso numa equipe. Sem a bola, todos atrás dela. Não é fácil recompor rapidamente. Trabalhamos muito nisso. Não admito que os zagueiros rivais tenham liberdade para sair jogando. Insistia muito com o Nunes. Até que acertamos e dávamos pouco espaço para os adversários saírem jogando. O Nunes forçava os zagueiros deles a lateralizarem o jogo. Desse modo, fazíamos o pressing, a pressão na saída deles. Deu muito certo”. Deu muito certo mesmo, um banho de bola, um bando de ingleses na roda, um jogo marcado na história.
Já tricampeão brasileiro como jogador, Carpegiani também conquistou o Brasileirão de 1982, em cima do maior rival do Internacional, o Grêmio. Mais uma vez, o técnico rubro-negro brilhou taticamente, com liberdade e troca de posições entre Zico e Tita. “O Grêmio caiu nesta armadilha. O Batista, mais separado dos zagueiros, não sabia se colava no Zico ou se marcava o Tita. O gol nasceu dessa indecisão”, lembrou Carpegiani. Depois de tantos jogos e tantas vitórias, algumas derrotas duras, o grupo se cansou. Carpegiani dirigiu seu último jogo numa vitória 2×0 sobre Tiradentes, dois gols de Zico. O maior Flamengo da história estava perto do fim.
Depois, Carpegiani passou por vários clubes brasileiros e brilhou no futebol paraguaio, conquistando o campeonato nacional com Cerro Porteño. Ainda dirigiu a seleção paraguaia na Copa de 1998, o inesquecível time de Chilavert e Arce, que apenas perdeu na prorrogação contra o anfitrião e futuro campeão, a França. Em 2000, voltou ao Flamengo, mas teve alguns atritos com o elenco. Julgado culpado da derrota 5×1 sobre Vasco, saiu imediatamente do clube. Ainda voltou em 2018, onde ficou apenas três meses, saindo após a eliminação do campeonato carioca contra Botafogo. No mesmo ano, fez um último trabalho no Vitória. Não teve o mesmo brilho que no início da carreira de técnico, mas seja no campo, seja no banco, Carpegiani é um dos principais nomes da maior Era da história do Flamengo.






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