Todos os times do Flamengo são históricos, todas as escalações fazem parte da história do Flamengo. Claro, tem times mais históricos e menos históricos, o de 2015 não é o melhor, mas tem sua importância na história do clube.
Para mostrar a qualidade do elenco de 2015, basta dizer quem jogou mais partidas durante o ano: Márcio Araújo (56 jogos), Pará (53), Héctor Canteros (53), Wallace (48) e Everton (47). Basta dizer que o camisa 10 era Lucas Mugni. Basta dizer que o principal nome das contratações do início do ano era Marcelo Cirino. Um time muito limitado, que vinha de um ano 2014 muito difícil, onde o rebaixamento foi uma possibilidade real.
Desse time, odiava entre outros Márcio Araújo e Gabriel, que jogou muito no Flamengo, mas só em termo de números de jogos. Incrível que Gabriel vestiu mais de 200 vezes o Manto Sagrado e muitos poucos jogos foram realmente bons. Mas confesso que desses perebas todas gostava muito do Anderson Pico. A aparência física, o chute poderoso nas faltas, era quase um Roberto Carlos, só faltava a técnica, a rapidez, a inteligência de jogo e muitas outras coisas. Mas gostava dele, acho que todo mundo tem um carinho para algumas perebas, que tinham espaço no Flamengo.
2015 começou com a saída de um ídolo, Léo Moura, que teve até jogo de despedida, que depois mostrou que não merecia. Mas pelo tudo que fez no Flamengo, os 519 jogos, os 47 gols, os 8 títulos, merecia no momento. Foi uma festa linda no Maraca.
No campeonato carioca, foi ruim o Flamengo, eliminado contra Vasco, com Wallace cometendo um pênalti bobo. Esse dava raiva. Mas teve um outro Flamengo x Vasco histórico nesse campeonato carioca. Foi o jogo da chuva, quando o jogo foi interrompido durante 50 minutos por causa da chuva. Alecsandro fez um gol, aproveitando da bola parada por causa da chuva na saída de bola do goleiro, Alecsandro fez um outro de pênalti, teve comemoração de guarda-chuva, teve briga generalizada. Até um time ruim pode fazer história.
Na Copa do Brasil, foi ruim o Flamengo, eliminado de novo contra Vasco, com Wallace expulso no primeiro jogo. Esse dava muita raiva. No jogo de volta, foi Pará que foi expulso. Também dava raiva. Vasco foi o carrasco do Flamengo nesse ano, mas quem foi rebaixado no fim do ano foi o próprio Vasco.
No Brasileirão, foi ruim o Flamengo, perdendo os dois clássicos contra o rebaixado Vasco. Flamengo esperou o sexto jogo para enfim ganhar, já com Cristóvão Borges no lugar do Vanderlei Luxemburgo. Até de técnico Flamengo era ruim. Depois, teve Oswaldo de Oliveira, bem melhor, que ganhou seis jogos seguidos, fez Flamengo voltar ao G-4, uma coisa inesperada, não vista desde 4 anos e 137 rodadas. Mas o time caiu de novo de produção com 2 vitórias, 2 empates e 9 derrotas nos últimos jogos. Pelo menos, não foi rebaixado, contrário ao Vasco.
Mas não foi tudo ruim. Durante o ano, Flamengo contratou Pablo Armero, Ederson, Emerson Sheik, Alan Patrick, Paolo Guerrero. Nomes de peso, destaque para o Guerrero, internacional peruano, ídolo do Corinthians. No campo, esses reforços não foram tão bom, mas a politica de austeridade do presidente Eduardo Bandeira de Mello se aproximava do fim. Salários em dia, nova administração, novas fontes de renda, Flamengo se profissionalizava, tinha mais credibilidade. No site Colunadofla, Bandeira de Mello explicou: “Acredito que 2015 já é melhor que 2014, que foi melhor que 2013. É possível que este ano a gente já possa, não diria ousar, porque tudo que a gente faz é extremamente responsável, mas já possa pensar em jogadores que, talvez, não conseguisse pensar no ano passado. Agora, 2016 e 2017, com certeza, vão ser bem mais confortáveis”. Em 2016, vieram Réver, Cuellar, Diego, em 2017 Diego Alves, Everton Ribeiro, Conca. Não só sucessos, mas o ano de ouro de 2019 se aproximava. E por isso, valia a pena de viver o ano de 2015.








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