Para o último jogo do ano, vamos de um outro Flamengo x Avaí num fim de temporada, de uma temporada de ouro, a de 2019. O Flamengo de 2019 foi incrível, era certeza de futebol bem jogado, alta probabilidade de golaços, possibilidade forte de goleada. Jogo contra Avaí, o último do ano no Maracanã, foi o jogo das faixas de campeão da Libertadores e do Brasileirão. E não só dos profissionais. Flamengo ganhou em 2019 também o Brasileirão sub-17 e o Brasileirão sub-20. Realmente, um ano de ouro.
No 5 de dezembro de 2019, Flamengo entrou em campo contra Avaí num clima de festa, com um time misto: César; Rafinha, Thuler, Rhodolfo, Renê; Piris da Motta, Diego, Éverton Ribeiro, Arrascaeta; Lincoln, Gabigol. No Maracanã, um dia de chuva, mas mais um dia de festa com 3 troféus, o do campeonato carioca nas mãos de Juan, o do Brasileirão nas mãos de nosso Didico, o da Libertadores nas mãos do Adílio. Flamengo é gigante.
Gigante e bonito é o Flamengo do Jorge Jesus. Com 10 minutos de jogo, numa falta de Arrascaeta, Rafinha se movimentou bem na direita e recebeu a bola. Cruzou no chão para Lincoln, que de pivô deixou para Arrascaeta. A jogada começou com Arrascaeta de falta, dois toques rápidos de Rafinha, dois toques rápidos de Lincoln, e finalização de primeira de Arrascaeta. Do início até o fim, um golaço na construção. O Mengo do Mister realmente era bonito.
Quatro minutos depois, outra falta, agora de Everton Ribeiro, no travessão. Calma torcedor, a chuva de gols só não vai ser maior do que a chuva no Rio nesse 5 de dezembro de 2019. Avaí empatou com um chute de longe de Lourenço. Acordou o gigante. No fim do primeiro tempo, um chute colocado de Diego no ângulo, bem no ângulo, indefensável para o goleiro. Outro golaço. Sem dúvida um dos gols mais bonitos do Diego com o Manto Sagrado. Dois minutos depois, um chute de Gabigol de fora da área, um rebote na frente do goleiro, mortal com a ajuda da chuva. Esse Flamengo de 2019 é imortal, não tinha piedade, sempre buscava fazer mais um gol. No intervalo, 3×1 para o Flamengo.
No início do segundo tempo, quase mais um golaço. Bola alta de Diego, Lincoln quase conseguiu fazer o chapéu no goleiro, concluir de bicicleta, mas não deu. O golaço veio um pouco depois. O Flamengo de 2019 era incrível na movimentação. Piris da Motta achou Arrascaeta, de trivela para Gabigol, de calcanhar para completar a tabelinha com Arrascaeta. Arrascaeta pedalou, e a bola foi com a ajuda de Deus nos pés de Lincoln. Deus ajudou porque a jogada era bonita, e merecia se transformar em gol para a alegria da arquibancada. Flamengo 4×1 Avaí.
No fim do jogo, outro golaço. Gabigol para Reinier, outra promessa do Mengo. Com um toque só para Diego, que devolveu também com um toque para Reinier. Reinier dominou com um toque rápido, e achou de novo de calcanhar Diego, agora com perigo na grande área do pobre Avaí. Com um toque do pé esquerdo, Diego deixou em condição ideal ninguém mais que Reinier. Já não era mais tabelinha, virava tabelão. Reinier dominou a bola e chutou cruzado. Golaço, no puro estilo do Mengo do Mister. E ainda tinha outro gol, de novo com Reinier, na recepção de um cruzamento de Rafinha, para fazer o gol do 6×1.
Por isso que acho o Flamengo de 2019 maior do que o de 2022. Porque o futebol exibido era melhor. Muitas goleadas, muitos golaços, muitos jogos eternos. Mas para fechar o ano de ouro de 2022, também quero uma goleada contra Avaí.








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