Ainda não falei muito nesse blog sobre Leandro, para mim o segundo maior ídolo do Flamengo. Recentemente, escrevi um pouco sobre ele, na crônica sobre o time histórico de 1983, onde ele fez gol na final do Brasileirão contra Santos. No livro 6x Mengão de Paschoal Ambrosio Filho, Leandro falou: “Nunca fui de fazer muitos gols, mas o Zico me dizia que, quando eu marcava, era sempre um gol importante. Foi o caso deste dia”. Vamos então de um outro dia importante, o 11 de dezembro de 1985, contra Fluminense.
O jogo foi a estreia no triangular final do campeonato carioca. Fluminense era bicampeão, e Flamengo bi vice-campeão. Acontece também para o nosso Mengo. Flamengo queria o título carioca, que não vinha desde 1981. Uma anomalia para um time cheio de craques. Até Zico tinha voltado ao time, mas estava fora do jogo, por causa de uma entrada criminosa do Márcio Nunes, jogador do Bangu. No 11 de dezembro de 1985, Sebastião Lazaroni escalou o Flamengo assim: Cantarele, Jorginho, Leandro, Mozer, Adalberto; Andrade, Adilio, Waltinho (Gilmar Popoca); Chiquinho, Marquinho (Júlio César Barbosa), Bebeto. Um time de craques, só faltava Zico para liderar o time.
Flamengo dominou o jogo, mas no fim do primeiro tempo, Washington abriu o placar para Fluminense com um gol de cabeça. Flamengo sofreu muito com o Casal 20, a dupla Assis – Washington nos triangulares finais do campeonato carioca em meado dos anos 1980. Flamengo estava fora do título, até o último minuto, até o brilho de Leandro.
Leandro é o maior lateral-direito da história do Flamengo. E os flamenguistas consideram o Leandro como o maior lateral-direito da história, não só do Flamengo claro, mas do futebol mundial. Tem candidatos já no Brasil: Djalma Santos, Carlos Alberto, Cafu, Dani Alves. Todos com ótimos argumentos, mas a meu ver, Leandro, de uma maneira geral, supera todos. No mundo, ainda tem Javier Zanetti ou Philipp Lahm. Leandro supera eles também. Talvez explicaria isso mais em detalhes na crônica sobre Leandro na categoria dos ídolos, mas Leandro é criminosamente esquecido nesse debate do maior lateral-direito, no mundo e até no Brasil. Não explicaria isso mais em detalhes porque não tem explicação.
Leandro não foi apenas o maior lateral-direito da história do Flamengo, também foi um dos maiores zagueiros da história do clube rubro-negro. Na segunda parte da carreira, brilhou na zaga, com a mesma classe, a mesma técnica, a mesma eficiência de sempre. E brilhou no triangular final de 1985, com um chute de 30 metros, um chute poderoso e preciso, um dos gols mais bonitos da história do Flamengo. Salvou o Flamengo, que infelizmente perdeu no jogo seguinte contra Bangu, com Márcio Nunes, sem Zico. Fluminense ficou com o tricampeonato.
Um final infeliz, mas valia a lembrança para o golaço de Leandro, um dos maiores nomes da história do Flamengo e do futebol mundial.








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