Antes do jogo de hoje, uma lembrança do melhor ano que vi como torcedor do Flamengo, o de 2019, com um jogo eterno de nosso agora camisa 10, Gabigol. Sempre gostei de acompanhar o futebol brasileiro para saber antes dos outros europeus as grandes promessas brasileiras. Primeiro, Pato, já em 2006, começo a ser antigo. Depois, Neymar, claro. Hoje, Endrick. No Flamengo, Renato Augusto, Adryan, Vinícius Junior. Alguns com muito sucesso, outro não tanto.
E sempre gostei muito do Gabigol, já chamado de Novo Neymar na base do Santos, já extremamente promissor. Relembrei de assistir ao primeiro jogo dele como profissional, também o último do Neymar com Santos, um 0x0 contra nosso Flamengo na abertura do Brasileirão 2013, lá em Brasília. Quase dez anos atrás…
Depois, acompanhei Gabigol no Santos, sendo artilheiro da Copa do Brasil em 2014 e 2015. Torci pelo seu sucesso na Europa, na Inter e depois no Benfica. Sucesso que não veio. Que bom. Gabigol voltou no Brasil, no seu antigo clube de Santos, e depois vestiu o Manto Sagrado. Estava muito feliz com essa contratação, sempre foi um dos jogadores que eu gostava mais no futebol de hoje. Justamente para relembrar um pouco um futebol antigo, com alegria e ginga, provocações e carisma.
Junto ao Gabigol, veio do Santos também Bruno Henrique. Gostava menos dele, achava ele muito irregular. E era, no Brasileirão 2018, fez apenas um gol em 28 jogos com Santos. Mas no seu primeiro jogo com o Manto Sagrado, fez os dois gols da vitória contra Botafogo. Já para o Gabigol, o início foi mais difícil, o atacante de 22 anos na época passou em branco nos seus 5 primeiros jogos.
Mas quando Gabigol começou a brocar, não parou mais. Fez um contra Americano, dois contra a Portuguesa. Na Libertadores 2019, estreou fazendo o único gol do jogo contra San José. Também deixou o dele contra a LDU Quito. No 19 de março de 2019, para o jogo contra Madureira, Flamengo foi escalado assim pelo técnico Abel Braga: Diego Alves; Pará (Juan), Rodrigo Caio, Léo Duarte, Renê; Willian Arão (Hugo Moura), Ronaldo, Diego; Éverton Ribeiro, Bruno Henrique (Uribe), Gabigol.
No Maracanã, o perigo veio no início dos pés de Bruno Henrique, mas um defensor do Madureira salvou em cima da linha, depois foi o goleiro que impediu o gol de BH27. Um outro defensor salvou em cima da linha uma cabeçada de Willian Arão, depois foi o goleiro que impediu o gol de Éverton Ribeiro. Flamengo dominava muito, sem conseguir fazer o gol. No duelo cara a cara, Gabigol perdeu para o goleiro no fim do primeiro tempo. Mas no último minuto do primeiro tempo, Diego chutou de longe, goleiro defendeu, Willian Arão cabeceou, goleiro desviou na trave, Gabigol, de pé esquerdo e de cabelo loiro, abriu o placar. No intervalo, Madureira 0x1 Flamengo.
De novo, no segundo tempo, foi Bruno Henrique o maior perigo no início, sem conseguir fazer a assistência ou o gol. Com 33 minutos no segundo tempo, Gabigol recebeu de Renê, chutou forte, zagueiro desviou, goleiro se inclinou, doblete de Gabigol. Para o quinto jogo consecutivo, Gabigol fazia um gol com o Flamengo, uma série que ia continuar no jogo seguinte numa vitória 3×2 no Fla-Flu. Ainda não dava para imaginar quanto bonito será esse ano de 2019, mas depois de muitas frustrações, já dava para cheirar os títulos se aproximando, porque agora o Flamengo tinha um jogador muito diferenciado, artilheiro como um camisa 9, carismático como um camisa 10, Gabigol.








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