Jogos eternos #36: Flamengo 3×1 Al Hilal 2019

O jogo eterno para a lembrança do dia era evidente, com a semifinal do Mundial 2019, contra o mesmo adversário, Al Hilal, time da Arábia Saudita. Só espero que não vai dar o mesmo azar do que a lembrança da Supercopa do Brasil vencida contra Palmeiras em 2021, perdida em 2023. Mas não estou muito de superstição, e já tem milhares de supersticiosos que têm justificações para uma possível derrota ou vitória. Então vamos desse jogo de 2019.

2019 foi um ano de ouro. Ainda não cansei de dizer que foi meu melhor ano vivido como torcedor do maior do Mundo. Já nesse blog teve jogos eternos de 2019, contra Madureira, Santos, Ceará, Avaí, Corinthians e claro, River Plate, o Milagre de Lima. Esse jogo contra Al Hilal era no melhor dos casos o penúltimo do ano, no pior, o último. Acho que no Brasil a semifinal do Mundial é ainda mais importante do que a final. A final é um jogo que pode ganhar, a semifinal é um jogo que não pode perder, a não querer aguentar piadas dos rivais. Os torcedores do Internacional, Atlético Mineiro ou Palmeiras ainda lembram.

E no caso do Flamengo é pior. Basta relembrar que os rivais, e os não tão rivais, mas mesmo assim antis, zoaram Flamengo por causa da derrota contra Liverpool. Uma partida onde Flamengo jogou, sim, de igual a igual contra um Liverpool invencível em 2019 durante 70 minutos. Não vale vitória, mas tinha motivos de orgulho, Bruno Henrique teve uma atuação magistral e achou que quem errou mais foi Jorge Jesus, com as substituições de Éverton Ribeiro e Arrascaeta, e a entrada de Lincoln em vez de Reinier. Mas a história é assim e nada pode mudar, só pode ter uma outra chance.

Então o jogo da semifinal contra Al Hilal era muito importante e Jorge Jesus escalou no estádio de Doha o time ideal, o time quase perfeito: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, Arrascaeta; Éverton Ribeiro, Bruno Henrique, Gabigol. No time de Al Hilal, algumas estrelas com Giovinco e o francês Gomis, e um ex que não podia fazer valer a lei do ex, Gustavo Cuéllar. Adorava Cuéllar no Flamengo, mas acho que saiu mal do Flamengo.

Relembro que assisti a semifinal do Mundial de 2019 com a Fla Paris no Bellushi’s, onde também tinha assistido ao jogo contra River Plate. Por causa das férias do final do ano, tinha bem menos pessoas no local, mas mesmo assim, foi lindo. O que não foi lindo foi o início do jogo do Flamengo, que começou mal o jogo e tomou um gol no 18 minuto, um gol aliás similar ao gol tomado contra River Plate, de Borré, também no início do jogo. Flamengo estava perdendo o jogo que não podia perder.

O gol tomado provocou a reação do Flamengo, que teve algumas oportunidades de fazer o gol, sem conseguir fazer. Al Hilal vencia 1×0 no intervalo, mas já no início do segundo tempo, Flamengo empatou, com o trio mágico de 2019, já em ação para o gol de empate contra River Plate. Dessa vez, a ordem foi diferente, Gabigol para Bruno Henrique, para Arrascaeta sozinho, para o gol do empate, para a alegria dos flamenguistas, em todos os lugares do mundo.

Mas Al Hilal é um bom time e o empate persistia até os quinze minutos finais, até um cruzamento perfeito de Rafinha e uma finalização letal de cabeça de Bruno Henrique, o melhor jogador do Flamengo nesse Mundial. Flamengo estava na frente no placar, e estava quase na final quatro minutos depois, quando Bruno Henrique, de novo ele, forçou o zagueiro Ali Al Bulayhi a fazer o gol contra, que fazia para sua infelicidade o gol 150 na temporada 2019 do Flamengo. De novo Flamengo estava na decisão do Mundial, 38 anos depois, de novo contra Liverpool, infelizmente não com um final tão feliz. A história é assim e não pode ser mudada, mas pode ter uma outra chance.

Uma resposta para “Jogos eternos #36: Flamengo 3×1 Al Hilal 2019”.

  1. Avatar de Times históricos #20: Flamengo 2019 – Francesguista

    […] o Mundial. De virada, Flamengo venceu Al-Hilal e se classificou na final, contra Liverpool, que ganhava igualmente tudo, com um futebol ofensivo e […]

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O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”