Como no último jogo eterno aqui, a final de ida do Brasileirão contra Botafogo, vamos ficar hoje em 1992 e avançar de alguns meses para enfrentar o Racing, clube argentino de Avellaneda. A competição não era a Copa Libertadores, mas a Supercopa Libertadores, onde só os campeões da Libertadores podiam jogar a competição. Flamengo passou na primeira fase do Grêmio, campeão em 1983, e nas quartas de final de Estudiantes, tricampeão entre 1968 e 1970. Por sua vez, o Racing eliminou o grande rival Independiente e aproveitou da desistência do Nacional para alcançar a semifinal.
Por causa do acidente no jogo de volta da final do Brasileirão contra Botafogo, que matou 3 pessoas, o Maracanã foi impossibilitado e Flamengo jogou o resto da temporada em vários estádios. Para a semifinal da Supercopa Libertadores, Flamengo optou pelo Pacaembu de São Paulo e o saudoso Carlinhos escalou Flamengo assim: Gilmar; Fabinho, Júnior Baiano, Rogério, Piá; Uidemar (Cláudio), Marquinhos, Júnior, Djalminha; Paulo Nunes, Gaúcho (Luís Antônio).
No Pacaembu, um publico pequeno para uma semifinal continental, apenas 7.951 espectadores na noite do 4 de novembro de 1992, mas que iam assistir a um jogaço, e já um golaço, uma falta bem na esquerda com o pé direito de Júnior, diretamente no gol do Carlos Roa. Júnior, agora de cabelos bem grisalhados, jogou demais no Brasileirão e continuava assim nesse fim de temporada de 1992.
O gol de Júnior foi o único do primeiro tempo e o Racing empatou no início do segundo tempo, Júnior deixando Turco García cruzar para o gol de cabeça de Alfredo Graciani. O Racing empatou, e virou dois minutos depois, agora com gol de Turco García, depois de um drible sobre o goleiro Gilmar. Flamengo reagiu rapidamente e Rogério empatou depois de um escanteio de Júnior.
Fim do jogo foi bem animado, com expulsões de Rogério e Jorge Reinoso, pênalti de Matosas para o Racing, expulsões de Luís Antônio e Distefano, pênalti de Djalminha para Flamengo. No final um 3×3, que será finalmente insuficiente para o Flamengo, derrotado 1×0 na Argentina uma semana depois. Deixo aqui os gols do jogo com a narração de Sílvio Luiz, provavelmente meu comentarista preferido do futebol brasileiro.








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