Jogos eternos #84: Flamengo 3×1 Olimpia 1993

Eu concluí a crônica da semana passada com um “Baixinho, sempre o Baixinho”, quando Romário fez gol contra Grêmio na Copa do Brasil. Para o jogo da Libertadores contra Olimpia, tive vontade de escrever sobre a abertura da Copa Mercosul de 1999, quando o Baixinho fez 2 golaços contra Olimpia. Mas já escrevi muito sobre essa competição, as goleadas na primeira fase contra os chilenos, Colo-Colo e Universidad de Chile, e a final, um jogo eterno contra Palmeiras. Eu vou então de um outro jogo contra Olimpia, na Supercopa Libertadores, o predecessor da Copa Mercosul.

A Supercopa Libertadores foi criada em 1988 para ser a segunda competição continental, após a indestronável Copa Libertadores. Para se classificar, precisava vencer justamente a Copa Libertadores, ao menos uma vez. Gigante no continente e campeão da América em 1981, Flamengo participou de todas as edições, com melhor resultado uma semifinal em 1992, perdida contra Racing, com uma derrota 1×0 na volta depois de um 3×3 na ida, outro jogo eterno aqui.

Um ano depois, o último campeão da Supercopa Libertadores, Cruzeiro, estreava com um 6×1 contra Colo-Colo, com um hat-trick de um fenômeno de 17 anos, Ronaldo. Um dia depois, Flamengo estrava na competição com derrota, José Cardozo fazendo para Olimpia o único gol da partida. Uma semana depois, Flamengo precisava reverter o resultado no Maracanã, quase vazio, com 12.448 espectadores.

O técnico rubro-negro era na época um ídolo do clube, um ídolo de primeira categoria, que ainda mostrava sua classe e sua maestria nos campos alguns meses antes, Júnior. No 13 de outubro de 1993, para o jogo de volta da primeira fase da Supercopa Libertadores, na verdade uma oitava de final, Flamengo foi escalado assim: Gilmar; Charles Guerreiro, Júnior Baiano, Rogério, Pia; Fabinho, Marquinhos, Nélio, Marcelinho Carioca; Renato Gaúcho, Casagrande.

Renato Gaúcho, que voltava a titularidade depois de dois meses e meia longe dos gramados, precisou de apenas 10 minutos para a abrir o placar, com uma cabeçada depois de bom cruzamento de Charles Guerreiro. A Supercopa Libertadores sorriu para Renato Gaúcho, que foi campeão e artilheiro um ano antes com Cruzeiro, fazendo dois gols no jogo de ida da final contra o Racing. Um ano depois, Renato Gaúcho brilhava pela terceira vez com a camisa rubro-negra em 1993, um time histórico, apesar da falta de títulos.

Contra Olimpia, 10 minutos antes do intervalo, foi a vez de outro atacante veterano, cabeludo e polêmica de fazer o gol de cabeça, Casagrande, depois de bom escanteio de uma promessa, cabeça raspada e polêmico, Marcelinho. Flamengo igualava no placar agregado, mas precisava ainda de um gol para se classificar. E no segundo tempo, outro craque promissor, campeão da Copinha de 1990, Nélio, deu um drible de caneta na grande área, passou de um segundo defensor, que cometeu o pênalti. O zagueirão Júnior Baiano, que já tinha feito o único gol da final da Copinha de 1990, transformou a penalidade com tranquilidade.

No final do jogo, o gol de Vidal Sanabria para Olimpia só serviu para decretar o placar final: 3×1 para Flamengo, que ainda passaria de River Plate e Nacional antes de perder a final da Supercopa Libertadores na disputa de penalidades contra São Paulo.

2 respostas para “Jogos eternos #84: Flamengo 3×1 Olimpia 1993”.

  1. Avatar de Ídolos #33: Júnior Baiano – Francêsguista, as crônicas de um francês apaixonado pelo Flamengo

    […] também tinha técnica suficiente para fazer gol de falta contra Bragantino, gol de pênalti contra Olimpia, um jogo eterno no Francêsguista. Para fechar o ano de 1993, nada melhor que um gol num clássico contra Botafogo no Maracanã, […]

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  2. Avatar de Jogos eternos #201: Nacional 0x3 Flamengo 1993 – Francêsguista, as crônicas de um francês apaixonado pelo Flamengo

    […] Nacional em 1988, River Plate em 1991 e Estudiantes em 1992. Um ano depois, Flamengo eliminou Olimpia na primeira fase, um jogo eterno no blog, com gols de Renato Gaúcho, Casagrande e Júnior Baiano. Nas quartas de final, Flamengo passou de […]

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O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”