Em 3 semanas, do 23 de novembro até o 13 de dezembro de 1981, Flamengo ganhou três títulos muito importantes: a Copa Libertadores, o campeonato carioca e o Mundial. É muito difícil de ganhar, ainda mais de continuar a ganhar, com a mesma fome de vitórias e títulos. Entre 1978 e 1983, Flamengo ganhou muitas coisas, e particularmente entre o fim de 1981 e o início de 1982, deixou nada para os outros, os ingleses e os vascaínos, os estetas e os violentos.
Depois de um mês de férias, Flamengo voltou no ano de 1982 com o Brasileirão no dia 20 de janeiro, dia do São Sebastião, padroeiro de Rio de Janeiro. O Brasileirão, chamado nesse ano de Taça de Ouro, começou com 40 clubes, divididos em 8 grupos de 5, com 3 ou 4 se classificando para a próxima fase. Flamengo começou com o que será uma marca registrada durante o campeonato, uma vitória em virada. No Maracanã, contra um outro favorito, São Paulo, perdia 2×0 no intervalo. Relembra Zico no livro Zico, 50 anos de futebol, de Roger Garcia: “Voltamos para o vestiário com uma vergonha danada, 85 mil pessoas no Maracanã… No vestiário, fizemos a corrente… vamos lá, vamos lá! Olha, o time voltou prontinho. Quando fizemos o primeiro gol, o estádio veio abaixo. O time de São Paulo ficou maluquinho. Foi uma das nossas viradas mais bonitas, uma das muitas daquele Brasileiro”. Zico descontou depois de uma tabelinha com Lico, Andrade empatou depois de uma bola dividida entre Zico e a defesa tricolor, Zico virou de cabeça depois de um cruzamento pé esquerdo de Júnior. Esse Flamengo de 1982 era show já no primeiro jogo da temporada.
Flamengo ainda venceu Náutico em Recife 4×3 depois de perder 3×1, goleou Treze 5×0, ganhou 3×0 contra Ferroviária com 3 gols de Zico. Para a última rodada, uma derrota impedia o time rubro-negro de cair no grupo da morte na próxima fase. No Morumbi, São Paulo abriu o placar, mas Flamengo venceu mais uma vez de virada, 4×3. No final da primeira fase, Flamengo ainda era invicto, com 7 vitórias, apenas um empate e já 25 gols marcados! E na segunda fase, o grupo da morte, com Corinthians, Atlético Mineiro e Internacional. Algumas semanas antes, os 4 clubes foram os campeões dos 4 maiores campeonatos estaduais do Brasil. Todos tinham grandes craques, tinha Zico, Sócrates, Reinaldo, Mauro Galvão, todos craques, alguns que iam brilhar na Copa do Mundo alguns meses depois. Provavelmente foi o maior grupo da história de um Brasileirão, já na segunda fase, quando ainda tinha 32 times na disputa.
Flamengo começou a segunda fase com um empate 1×1 no Morumbi contra o Corinthians, gols de Wladimir e Zico. No Mineirão, o craque Reinaldo abriu o placar para o Galo, mas Flamengo, com apenas 10 jogadores depois da expulsão de Figueiredo, virou, com assistência e gol de Mozer, o último um gol à la Rondinelli num escanteio de Zico. Flamengo empatou contra o Inter na chuva, perdeu contra o Atlético no Maraca, e venceu o Inter de virada, um jogo eterno no francêsguista. Para se classificar nas oitavas de final, Flamengo venceu o Corinthians, com gols de Zico e Tita. Nas oitavas, Flamengo venceu o jogo de ida contra Sport, 2×0, doblete de Zico. Flamengo perdeu o jogo de volta, mas se classificou com um gol salvador de Leandro, o ídolo, o homem de poucos gols mas importantíssimos, como fez contra Fluminense em 1985.
Nas quartas de final, mais um grande time na frente, Santos, e mais uma vez Flamengo atrás no placar no intervalo no Maracanã. E a diferença era de um gol só graças as várias defesas de Raul, que salvou o Flamengo nesse primeiro tempo. Relembra Raul no livro 6x Mengão de Paschoal Ambrósio Filho: “Os jogadores do Flamengo tinham um padrão de comportamento, independente do que estivesse acontecendo em campo. Todos iam para o vestiário em silêncio, sentavam, chupavam uma laranjinha, respiravam e só depois de uns quatro a cinco minutos o Carpegiani procurava se informar melhor sobre o que estava acontecendo em campo. Ele recebia as informações e passava as instruções. Alguns falavam mais, como Júnior e Nunes, e procuravam ajudar dando outras sugestões. O Zico falava pouco. Ele era mais de fazer”. E mais uma vez Flamengo virou no segundo tempo, com um primeiro gol de Tita depois de cruzamento pé direito de Júnior, e um segundo gol de Marinho no tempo adicional, com uma jogada típica desse Flamengo, passes curtos, dribles e objetividade. Na volta, com o Flamengo de 1982 ainda invicto no Morumbi, Santos abriu o placar de novo, mas Zico cabeceou, empatou, classificou Flamengo.
Na semifinal o adversário era Guarani, e sim, mais um timaço. Com jogadores como Jorge Mendonça, Careca, Lúcio Bala e Ernani, Guarani era o melhor ataque do campeonato e tinha eliminado o São Paulo de Serginho Chulapa na fase anterior. No Maracanã, Flamengo fez a diferença nos 20 primeiros minutos, primeiramente com Zico com domínio de gênio e carrinho cruzado, e depois com Peu, que jogou no lugar de Nunes, depois de bom desarme de Zico. Zico era demais nesse campeonato de 1982, ele era técnica e raça, carinho com a bola e carrinho quando precisava, ele era, para plagiar Armando Nogueira que falou isso sobre Zizinho, “o pianista e o carregador do piano”. O gol de Lúcio Bala no fim do jogo deixou tudo possível no Brinco de Ouro, um jogo eterno ou uma tremenda decepção. E, apesar da abertura do placar de Jorge Mendonça para Guarani com apenas 3 minutos, deu jogo eterno, deu show do maior ídolo, 3 gols de Zico, um de cabeça para empatar, um de fora da área para virar, um de pênalti para classificar Flamengo para a final.
E na final, mais um timaço na frente, Grêmio, com craques em todas as linhas. Emerson Leão e Hugo de León atrás, Batista e Paulo Isidoro no meio, Tarciso e Baltazar na frente. Era um time bem gaúcho, bem trancado, sem espaço, com um treinador também gaúcho, também defensivo, Ênio Andrade. Na ida, na frente de 138.107 espectadores no Maraca, Grêmio quase não deixou Flamengo jogar, quase ganhou, Tonho Gil abrindo o placar nos 10 minutos finais do jogo. Mas Flamengo empatou, cruzamento pé esquerdo de Júnior, gol de nosso salvador, Nosso Rei Zico. Como no primeiro jogo do campeonato, Júnior deu uma assistência com o pé esquerdo para Zico, um dos gols mais importantes da história do Flamengo. Relembra Júnior no livro Os dez mais do Flamengo de Roberto Sander: “Sabia que teria que melhorar a capacidade de passar e cruzar com a canhota. Quando fiz um cruzamento na medida de esquerda para o Zico marcar um gol, num jogo decisivo com o Grêmio pelo Campeonato Brasileiro em 1982, lembrei o quanto valeu a pena ter ralado naquele paredão”. Concordo também com a opinião de Zico, no livro de Paschoal Ambrósio Filho: “O Grêmio foi um adversário dificílimo de ser batido. Na época, eles tinham um grande time. Leão, Paulo Roberto, Hugo de León, Batista, Paulo Isidoro, Renato Gaúcho… Só tinha cobra. Por isso, considero aquele gol de empate no fim do jogo no Maracanã o mais importante que marquei pelo Flamengo em jogos decisivos de Brasileiro. Se tivéssemos ido para Porto Alegre derrotados ia ser muito complicado reverter”. Eu acho que se Flamengo tinha perdido o primeiro jogo no Maracanã, Grêmio ia ser campeão. Mas Zico marcou e Flamengo empatou, deixando as chances vivas na volta em Porto Alegre.
Na imprensa, o técnico do Flamengo e antigo jogador do Internacional, Paulo César Carpegiani, reclamou do Grêmio: “O gol marcado por Zico impediu que acontecesse uma grande injustiça. O time que procurou a vitória a qualquer preço não poderia ser derrotado por quem apenas se defendeu e tentou fechar todos os espaços do campo, durando retraidamente. Espero que lá em Porto Alegre eles saiam para jogar de igual para igual. Aqui o Grêmio se defendeu muito, durante toda a partida, e não mostrou nenhuma objetividade”. No Olímpico, 74.238 espectadores e de novo Grêmio na retranca. Raul jogou apesar de uma lesão e recebeu a braçadeira de Zico. E Raul relembra do jogo por uma outra história que eu acho sensacional: “O Ênio Andrade, técnico do Grêmio, sabia que sempre saiamos jogando pelas laterais e colocou o Tarciso para marcar o Júnior e o Tonho em cima do Leandro. Vendo o problema, comecei a dar chutões para a frente e as bolas voltavam rapidinho. A gente no maior sufoco. Enquanto isso, o Leandro ficava insistindo: ‘Não adianta dar chutão pra frente. Manda a bola pra mim, Véio. Manda!’ Eu ignorava, porque ele estava sempre muito bem marcado e seria um risco. Aquilo foi me irritando. Peguei a bola e joguei de qualquer maneira para ele. Com toda a classe e categoria que tinha, o Leandro dominou no peito, deu um chapéu num adversário, driblou outro e saiu jogando. Voltou correndo e ficou me chamando. Eu fingindo que não via, até que olhei e ele gritou: ‘Tá vendo, Véio? É assim que se faz. Eu jogo pra caralho!’ E o pior é que jogava mesmo… O jogo acabou 0 a 0. Como não havia vantagem, tivemos que partir para um terceiro jogo, também no Olímpico”.
Quatro dias depois, o jogo decisivo, de novo no Olímpico, mas com a confiança do campeão no lado do Flamengo. Zico anunciou uma vitória 1×0 com um gol de Nunes, e o mesmo confirmou, anunciando até o lado do campo: “Será ali que vou marcar meu gol. Quem não estiver lá não vai fotografar nada!”. Por causa do preço caríssimo do ingresso, teve um pouco menos de torcedores, 62.256, mas o jogo ficou igualmente tenso, Nunes e Emerson Leão quase brigando. Se Ênio Andrade era um monstro tático, Carpegiani também era bom e montou um plano, com Zico mais recuado e Lico na ala direita. Relembra Carpegiani no livro 20 jogos eternos do Flamengo de Marcos Eduardo Neves: “O Grêmio caiu nesta armadilha. O Batista, mais separado dos zagueiros, não sabia se colava no Zico ou se marcava o Tita. O gol nasceu dessa indecisão”. Com apenas 10 minutos de jogo, Zico, no meio do campo, deu uma caneta no Vilson Taddei e lançou em profundidade Nunes, que fez o gol prometido a Nação e a filha, que nasceu três meses antes. “Se é final, sempre apareço para conferir. Nunca me senti tão predestinado como nesta decisão” falou depois o ídolo Nunes, que só não fez nesse dia o gol mais importante de sua carreira porque fez outros importantíssimos com o Manto Sagrado.
Flamengo era um time cheio de ídolos, Zico claro, o goleador Nunes, o goleiro Raul, que salvou o time quando Grêmio finalmente saiu da defesa. Relembra Raul: “Depois do gol do Nunes, eles vieram com o jogo aéreo. Toda hora era chuveirinho dentro da área. E eu adotando, porque eu gostava desse tipo de jogo. Era mais fácil para mim. Teve um lance na nossa pequena área que o Grêmio veio com tudo. A maior confusão e a bola ia entrando. Até hoje os gremistas reclamam de pênalti, pois dizem que o Adílio ou o Andrade tiraram a bola com a mão. Nada disso. Quem tirou a bola, quase em cima da linha, fui eu”. Se o também ídolo Andrade não tirou a bola com a mão nesse lance, ele apareceu muito durante o jogo e foi considerado o melhor em campo para o Jornal do Brasil: “Ele foi o melhor do Flamengo e do jogo. Perfeito na defesa, marcando Paulo Isidoro, cobrindo todos os setores, tirando o perigo de sua área e, para completar, exigindo toda a sua categoria com a bola nos pés. Uma atuação impecável”.
Nunes fez o gol do título, mas fez apenas 5 gols durante todo o campeonato. Era predestinado mesmo. E o artilheiro do Brasileirão foi Zico, com 21 gols, um a mais que Serginho Chulapa. Foi o primeiro título nacional do Flamengo fora do Maracanã e ajudou a mudar a história de Zico, que às vezes era ainda injustamente considerado como um “jogador de Maracanã”. O Flamengo era o campeão brasileiro, dentro do Olímpico. “Deus no céu, Mengão na terra” manchetou Placar quando o jornalista botafoguense Sandro Moreyra escreveu: “Resta continuarmos aguentando a ruidosa euforia rubro-negra, suas charangas, seus hinos, seus foguetes. Ele é o maior mesmo, que é que se vai fazer?”. Não tinha nada a fazer, Flamengo era o maior e o melhor, o símbolo do futebol-arte e da obstinação, com 10 vitórias de virada durante o campeonato. No dia seguinte, Telê Santana anunciou seus convocados para a Copa do Mundo, sem Adílio, sem Andrade, sem Raul também que falou: “quem joga no Flamengo não precisa de Seleção”. Pronto, mas acho que a Seleção precisava de Adílio, Andrade e Raul.
Por causa da preparação para a Copa do Mundo, Flamengo não fez jogos oficiais durante 3 meses. E o futebol-arte foi derrotado, a Seleção não conseguindo fazer o que o Flamengo de 1982 sabia fazer, ganhar de virada, vencer o futebol-força. Flamengo fez durante esse tempo amistosos, claro sem os jogadores internacionais, mas jogou no Norte, no Nordeste, no Sudeste, no Sul, no Rio. Flamengo é do Brasil, é o único clube com dimensão nacional do Brasil, Flamengo é uma Nação. Os jogadores internacionais voltaram menos de duas semanas depois do fatídico 5 de julho para o campeonato carioca. Flamengo voltou com goleadas contra Campo Grande e a Portuguesa, Zico fazendo doblete nos dois jogos, Flamengo até jogou um amistoso na Trindade e Tobago, Flamengo também é internacional, e depois foi derrotado contra o Americano. Se vingou no pobre Madureira, derrotado 8×0 com 3 gols de Zico, que voltou a marcar dois contra o Botafogo, vencido 3×0. Fluminense foi derrotado pelo mesmo placar e Flamengo chegou no fim da Taça Guanabara empatado com o Vasco. No jogo-desempate, deu Flamengo, Adílio fazendo o único gol do jogo no último minuto para oferecer ao Flamengo uma quinta Taça Guanabara consecutiva. Jogo foi conhecido como “Watergate do futebol brasileiro” por causa do arbitro José Roberto Wright, que aceitou a proposta da Globo e colocou sem o conhecimento dos jogadores um microfone atrás de sua camisa. Eurico Miranda tentou mais uma vez ganhar o jogo no Tribunal, mas não deu, Flamengo campeão. Durante o campeonato, Flamengo ainda ganhou a Taça Confraternização Brasil-Paraguai, vencendo o grande time do Olimpia no mítico Defensores del Chaco.
Flamengo começou a Taça Rio com um empate contra Volta Redonda e fez mais um amistoso de prestígio, no mítico Giants Stadium contra o também mítico New York Cosmos, para a despedida de um ídolo do Flamengo e do futebol, Carlos Alberto Torres. Para o apito inicial, Pelé, no time do Cosmos, Carlos Alberto claro, Beckenbauer e até Sócrates, no time do Flamengo, Zico, que abriu o placar com um chute de longe. Flamengo ganhava 3×0 no intervalo, mas com 3 gols de Chinaglia no segundo tempo, o Cosmos empatou e a festa foi preservada. De volta no Brasil, duas vitórias e uma derrota no campeonato carioca, 3 gols de Zico e o início da Copa Libertadores. Como último campeão, Flamengo estreou diretamente na semifinal, na época um grupo de 3 times, com dois outros gigantes, River Plate e Peñarol, quando o outro grupo da semifinal era mais acessível.
No Centenario, onde Flamengo tinha vencido a Libertadores um ano antes, o Mengo perdeu na estreia contra Peñarol. No Monumental, mais um estádio mítico, Flamengo não tomou conhecimento do River Plate e goleou 3×0, gols de Lico, Zico, Nunes. De volta no campeonato carioca, contra a Portuguesa, Flamengo perdeu mas Zico fez o primeiro gol olímpico de sua carreira. “O vento ajudou” explicou Zico com a modéstia de sempre. Três dias depois, 28 de outubro, dia de São Judas Tadeu, padroeiro do Flamengo, Zico, com a genialidade de sempre, fez o gol 600 de sua carreira e Flamengo goleou 5×0 Madureira. Entre duas derrotas no campeonato carioca, contra Fluminense e America, Flamengo voltou na Copa Libertadores, contra River Plate, e deu mais um show no Maraca, com vitória 4×2.
Voltou a vencer no campeonato carioca, contra Americano e Bangu, a dupla Zico – Nunes fazendo gols nos dois jogos, e voltou na Copa Libertadores, contra Penãrol, precisando de uma vitória para forçar um jogo-desempate. Mas não deu, o brasileiro Jair fez para o time uruguaio o único gol da partida, um golaço de falta, uma falta aliás que existia só na cabeça do juiz. “A derrota para o Peñarol foi talvez uma das piores da minha carreira. Deu tudo errado naquele dia. Jogamos o tempo todo em cima deles, perdemos gols à beça, não deu nada certo” relembra Zico no livro Zico, 50 anos de futebol, de Roger Garcia. Mais uma vez, o futebol-arte foi derrotado em 1982, Flamengo tinha mais time que Peñarol, que ficou com o troféu depois de vencer o Cobreloa na final. Quatro dias depois, Flamengo perdeu contra Vasco mas se classificou para o triangular final do campeonato carioca, contra o America e o próprio Vasco.
Flamengo estreou com uma vitória 1×0 sobre America com um golaço de Wilsinho, que entrou no decorrer do jogo, Zico fazendo um corta-luz sensacional para deixar o caminho livre ao Wilsinho. A vitória do Mengo ofereceu ao campeonato carioca uma final, já que Vasco também tinha vencido o America 1×0. No início do segundo tempo, Marquinho Carioca, que jogou depois no Flamengo, fez o único gol da partida para Vasco, impedindo o bicampeonato do Flamengo. No 5 de dezembro de 1982, exatamente 4 meses depois da Tragédia de Sarriá, Flamengo fechou a temporada de 1982 de uma maneira melancólica, mas não pode esquecer o título brasileiro no Olímpico e a magia de Zico, que vivia nesses tempos seu auge como jogador de futebol.








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