Jogos eternos #100: Flamengo 1×1 Vasco 1983

E o destino, com ajuda minha, queria que o jogo eterno #100 desse blog fosse um Flamengo x Vasco, um dos maiores clássicos do mundo. Para o jogo #100, um jogo eterno, com Flamengo vitorioso, com Vasco eliminado.

O ano é histórico, 1983, com título e tudo. Já escrevi sobre o ano e sobre alguns jogos durante o Brasileirão, contra Rio Negro na primeira fase, contra Goiás e Corinthians na terceira fase. Vamos então na fase final, com um clássico dos milhões, um quarta de final contra Vasco. Flamengo tinha desejo de vingança, alguns meses antes, perdeu o jogo decisivo do campeonato carioca de 1982, 1×0 contra Vasco.

No Brasileirão de 1983, nas quartas de ida, Flamengo abriu o placar com gol de Adílio depois de triangulação com Zico e Júnior. Vasco empatou graças a um gol contra de Mozer, mas Júlio César fez o gol da vitória para o Flamengo, aproveitando da falha do goleiro Mazarópi. Uma palavra para o técnico do Flamengo, ainda jovem e inexperiente por dirigir apenas o sexto jogo de sua carreira de treinador, mas um antigo jogador que ganhou como poucos, que tem um dos apelidos mais impactantes do futebol, o Capita, Carlos Alberto Torres.

No 8 de maio de 1983, Carlos Alberto Torres escalou Flamengo assim: Raul; Leandro, Marinho, Mozer, Júnior; Vitor, Elder, Adílio; Zico, Júlio César Barbosa, Baltazar. Um time de craques, perto de perder o maior de todos, Zico, que assinaria contra sua vontade na Udinese. Flamengo podia perder por um gol de diferença e se classificar, mas tomou um gol já nos primeiros minutos do jogo, numa falta, Roberto achou Elói, que viu seu chute desviado pela defesa rubro-negro e cair nas redes de Raul. Pressão total no Maracanã e seus 121.3553 pagantes.

Vasco estava na frente no placar, mas quem mandava no jogo era Flamengo, era Zico. O Galinho brilhou muito no primeiro tempo, com drible de letra, toque de calcanhar, passes de três dedos. Quase fez um gol, mas Mazarópi fez o milagre. Zico também deixou Júnior e Leandro em condições de fazer o gol, mas nas duas vezes a bola apenas flirtou com a trave. No fim do primeiro tempo, uma falta perigosa, uma bola quase na gaveta para Zico, mas mais um milagre de Mazarópi. No intervalo, Vasco tinha um gol de vantagem, outro milagre, mas o classificado parcial era o Flamengo.

No segundo tempo, Adílio quase fez um gol depois de um chute de Zico. Vasco, precisando de um gol para se classificar, passou a dominar o jogo, que ficou indeciso até “44 minutos e 20” quando Galvão Bueno narrou uma jogada que começou com falta de Mozer até o calcanhar de Elder para Adílio, que acelerou com um toque, entrou na grande área com dois toques. Adilio só tinha Mazarópi na frente e Zico no lado, Adílio deixou a bola no momento ideal para Zico, que só tinha a empurrar a bola nas redes, para fazer a alegria da geral, para fazer o gol da classificação do Mengo. Com mais um show de Zico, mais uma classificação sobre Vasco, Flamengo estava na semifinal e posteriormente Flamengo era o campeão, para o último ano de Zico com o Manto Sagrado, antes da volta consagrada.

3 respostas para “Jogos eternos #100: Flamengo 1×1 Vasco 1983”.

  1. Avatar de Ídolos #26: Adílio – Francesguista

    […] títulos, fazer lances decisivos. Nas quartas de final do Brasileirão 1983 contra Vasco, outro jogo eterno desse blog, Adílio que quebrou a defesa do Vasco no final do jogo e fez a assistência para o gol fácil de […]

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  2. Avatar de Jogos eternos #180: Flamengo 3×0 Santos 1983 – Francêsguista, as crônicas de um francês apaixonado pelo Flamengo

    […] tinha um timaço, na fase de mata-mata eliminou Vasco e o Athletico Paranaense para chegar na final, contra o Santos de Paulo Isidoro, Pita e Serginho. […]

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  3. Avatar de Jogos eternos #200: Flamengo 4×1 Fluminense 2006 – Francêsguista, as crônicas de um francês apaixonado pelo Flamengo

    […] 100a crônica foi sobre o Clássico dos Milhões, um Flamengo x Vasco de 1983, com show de Zico e classificação do Mengo na semifinal do Brasileirão. Para a 200a crônica, […]

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O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”