Sem dúvida, Flamengo x Grêmio é um clássico do futebol brasileiro. Só aqui já foi show na Copa do Brasil, de Sávio em 1995, de Romário em 1999. Já foi goleada na Libertadores de 2019, já foi decisão do Brasileirão, em 1982 e em 2009. É um clássico do futebol brasileiro.
Em 2011, Flamengo iniciou bem a temporada, com título carioca de forma invicta. Tinha no time um craque, um dos maiores da história do futebol, Ronaldinho Gaúcho. Antes de assisar com o Flamengo, o Bruxo quase voltou no seu primeiro time, justamente Grêmio, mas finalmente veio para o Flamengo, para o compreensível desespero, até lógica raiva, da torcida gremista, que viu o jogador brilhar no time ainda no século XX. O reencontro, mesmo no Engenhão, anunciava-se explosivo.
No Brasileirão, Flamengo ainda era invicto, só tinha perdido na Copa do Brasil durante a temporada. E vinha do melhor jogo de Ronaldinho com o Manto Sagrado, um 5×4 contra Santos, também eternizado no blog. Três dias depois, no 30 de julho de 2011, Vanderlei Luxemburgo escalou Flamengo assim: Felipe; Léo Moura, Welinton, Ronaldo Angelim, Júnior César; Willians, Aírton, Renato Abreu; Thiago Neves, Ronaldinho, Deivid.
Durante toda a carreira, Ronaldinho sempre soube escolher seus jogos para brilhar, às vezes para o desespero da própria torcida, que legitimamente esperava mais. O Bruxo fez magia com o Grêmio contra o Inter, com o Paris Saint-Germain contra o Olympique de Marselha, com o Barcelona contra o Real Madrid, com o Milan contra a Juventus. Ao menos tem para cada confronto, um jogo, às vezes dois, três ou quatro, mas sempre tem uma atuação brilhante, mágica, eterna de Ronaldinho Gaúcho contra o grande rival. Sem dúvida, ele tinha anotado a data do reencontro contra Grêmio e depois de brilhar contra o Santos de Neymar, só queria mais uma coisa, ser o grande nome do jogo contra Grêmio.
Grêmio começou melhor no jogo, mas nem Fábio Rochemback, nem Damián Escudero, nem Leandro, conseguiram finalizar no gol defendido pelo Felipe. E assim, Flamengo teve a oportunidade de abrir o placar. Aírton achou na esquerda Ronaldinho, sua posição privilegiada em campo. Uma finta, uma ginga na frente de Mário Fernandes e um cruzamento, milimétrico, perfeito, colocadíssimo na cabeça de Thiago Neves, que abriu o placar.
No segundo tempo, mais uma ginga de Ronaldinho na frente de Mário Fernandes, uma caneta e quase um pênalti, finalmente ignorado pelo juiz. Depois, foi outro jogador que tentou gingar, provavelmente o menos esperado, o goleiro gremista Victor, que tentou a finta, o drible na frente do mestre do drible, Ronaldinho Gaúcho. O Bruxo ganhou a bola e chutou no gol vazio para o segundo e último gol do dia. No seu reencontro com o Grêmio, Ronaldinho era, mais uma vez, o grande nome do jogo.








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