Hoje a Seleção brasileira joga contra a Colômbia para confirmar a vaga nas quartas de final da Copa América. Vamos então para o jogo eterno do dia de um encontro contra time colombiano, nas oitavas de final da Copa Libertadores. Na época, há quase exatamente dois anos, Flamengo tinha vencido 1×0 na ida e faltava confirmar a classificação no Maracanã.
E tem outra similitude, no banco do time brasileiro tinha Dorival Júnior. No Flamengo, tinha estreado menos de um mês antes, com um retrospecto que ainda deixava a convencer: três vitórias e três derrotas. No 6 de julho de 2022, Dorival Júnior escalou Flamengo assim: Santos; Rodinei, Léo Pereira, David Luiz, Filipe Luís; Thiago Maia, João Gomes, Éverton Ribeiro, Arrascaeta; Gabigol, Pedro. Destaque para a dupla Pedro – Gabigol, que acho que pode funcionar em alguns jogos, embora não tenho mais esperanças.
No Maracanã, com apenas 4 minutos de jogo, Flamengo confirmou a vantagem do jogo de ida. Passe de Arrascaeta, chute cruzado de Pedro, alegria dos 61.871 presentes no Maraca. Quinze minutos depois, de novo Arrascaeta para Pedro, só que agora, com um toque de calcanhar de gênio, Pedro achou Gabigol, que chutou no gol, goleiro defendeu, bola voltou nos pés do zagueiro Julian Quinones, que fez o gol contra. No intervalo, a classificação do Flamengo era quase certa.
Faltava então a goleada para o segundo tempo. E com 2 minutos de jogo, de novo Arrascaeta no início da jogada, bola parada, bola longa, quase na terceira trave. David Luiz cabeceou e deixou a bola na zona de perigo, e Pedro, com toda a inteligência do craque e a experiência do artilheiro, esperou antes de tocar a bola, esperando o momento certo para o gol fácil, depois de um domínio do quadril. Impressionante a habilidade de Pedro e o jeito de usar todo o corpo para fazer o gol.
Ainda antes da hora do jogo, Éverton Ribeiro perdeu o gol feito e Gabigol fez o gol também do artilheiro, abrindo o pé, abrindo o ângulo, achando a rede. Já era 5×0 em favor do Flamengo, na França já era 7 de julho, já era meu aniversário, e já tinha meu melhor presente possível, show do Flamengo no Maraca, na Liberta. Com brilho no meu olho e sonhos no meu cérebro, já que faltava dois meses antes de eu vir morar no Rio de Janeiro.
Depois, Quinones se recuperou do gol contra e fez um em favor de Tolima. O final do jogo pertence a um jogador que já tinha brilhado durante a partida: Pedro. Primeiramente, de cabeça, depois de cruzamento de Rodinei, para completar o hat-trick. Depois, com assistência, um toque perfeitamente distilado para o gol de Matheus França, que tinha acabado de entrar. E finalmente, o gol do 7×1, finalmente feliz, Gabigol repetiu o chute que tinha feito no gol dele durante o jogo, mas goleiro defendeu, parcialmente. Pedro chegou, brocou, completou o poker. Assim, Pedro se tornava o primeiro, e até hoje o único, jogador do Flamengo a marcar 4 gols num jogo da Copa Libertadores.
Pedro já tinha brilhado na Copa Libertadores, inclusive num jogo contra La Calera eternizado aqui, e no Flamengo de maneira geral, mas em 2 anos e meio desde sua chegada no Maior do Mundo, poucas vezes saiu da condição de reserva. Reserva de luxo, mas reserva. Só com Dorival Júnior começou a ser mais vezes titular, sem decepcionar. Hoje, Pedro não vai jogar contra a Colômbia, já que Dorival Júnior não o convocou. Ao meu ver, com certa injustiça, ainda mais que não tem esse perfil no ataque da Seleção. Mas ao meu gosto de rubro-negro, com alegria e satisfação, já que Pedro pode continuar a brilhar com o Manto Sagrado, sonhando com gols e títulos, seja a Copa do Brasil e a Libertadores como em 2022, seja o Brasileirão que Flamengo não levou desde a edição de 2020, já uma eternidade para nós. Mas com o Pedro como artilheiro, a esperança sofredora finalmente pode chegar ao fim.








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