Na última crônica, escrevi sobre o ano de 1998 e um jogo contra Gama, muito por causa de Romário, que fez 2 gols neste dia, inclusive um golaço. Antes do jogo de hoje no Barradão contra Vitória, volto ao ano de 1998, de novo por causa do Romário.
No segundo semestre de 1998, Flamengo começou o Brasileirão de forma razoável, com 7 pontos nos 4 primeiros jogos. Depois, caiu numa crise como só Flamengo sabe fazer. Em 11 jogos, ganhou apenas um. A fórmula do campeonato neste ano era por uma vez simples, 24 times, um joga contra cada um apenas uma vez e depois dos 23 jogos, os 8 melhores se classificavam para as quartas de final. Ou seja, a classificação do Flamengo estava muito ameaçada. Flamengo voltou a acreditar com 3 vitórias seguidas, inclusive dois jogos já eternizados aqui, 3×2 contra o Atlético Mineiro e 4×1 contra o Corinthians.
Faltando 5 jogos para o fim da primeira fase, o jogo contra Vitória era capital. Flamengo tinha 24 pontos em 18 jogos, Vitória 26 pontos em 19 jogos. A vitória era uma obrigação. No 18 de outubro de 1998, Evaristo de Macedo escalou Flamengo assim: Clemer; Pimentel, Ricardo Rocha, Fabão, Leonardo Inácio; Marcos Assunção, Jorginho, Beto, Iranildo; Cleisson, Romário. O time era até bom, mas faltava alguns jogadores de qualidade superior para rivalizar com os timaços da época no Brasil.
No Barradão, com 20 minutos de jogo, Beto foi cara a cara com o goleiro, se atrapalhou mas a defesa de Vitória falhou de forma bizarra. Iranildo recuperou a bola, deixou em cima para Romário, que fez o gol fácil. No intervalo, Romário se irritou com o desempenho do Flamengo, que piorou no segundo tempo com o gol do empate de Vitória, de um jogador ainda não tão conhecido no Brasil mas que começava a se destacar, o sérvio Dejan Petkovic. De falta, obviamente, Petkovic venceu Clemer, que falhou, não pela primeira vez nem a última numa bola longa.
Flamengo precisava de uma reação, e como aconteceu muitas vezes, a revolta veio do Baixinho. Num escanteio, Romário estava na segunda trave para mais um gol fácil para quem sabe muito da bola. De peito, fez o terceiro do Flamengo, o terceiro dele, olha a facilidade de Romário na hora de fazer o gol, usando todos os recursos do craque. No tempo adicional, Cleisson decretou o placar final, 4×1 para Flamengo, que chegava ao quarto sucesso seguido, voltava a acreditar na classificação. Romário chegava ao 13o gol em 16 jogos, mas no final, tudo foi insuficiente, Flamengo perdeu na última rodada contra Paraná, perdeu a classificação por 3 pontos.
Teve dias difíceis, complicados, mas mesmo assim, sempre tinha o Baixinho para brilhar com o Manto Sagrado.








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