No 2 de março de 1980, ainda era o início do Brasileirão. No Maracanã, foi um jogo entre o campeão em título, Internacional, e o futuro campeão, Flamengo. Ainda mais, Internacional foi campeão invicto em 1979, até hoje o único da história do Brasileirão. Mas em 1980, já tinha perdido a invencibilidade, já na primeira rodada, uma surpreendente derrota em casa contra Itabaiana. Flamengo tinha jogado apenas um jogo no Brasileirão de 1980, uma vitória 1×0 contra Santos.
Mesmo desfalcado de Falcão, o Inter tinha craques, como Batista e Mário Sérgio, ambos expulsos durante o jogo. Outro expulso do Internacional nesse jogo foi Adilson Miranda, que morreu nesse ano de 1980, de um acidente de carro, com apenas 30 anos.
Flamengo também tinha craques, com o maior de todos, Zico, que, mais uma vez, ia demostrar a beleza de seu futebol nesse jogo. No 2 de março, Flamengo foi escaldo assim pelo técnico Cláudio Coutinho, que também morreu precocemente, em 1981: Raul; Carlos Alberto, Marinho, Rondinelli, Júnior; Andrade, Carpegiani, Adílio; Tita, Zico, Reinaldo.
Jogando em branco, num Maracanã em festa, Flamengo começou bem o jogo, sem fazer o gol. O gol veio no segundo tempo. No lado direito, Tita para Andrade. Esse Flamengo se achava de olhos fechados, se conhecia de coração e cérebro. O movimento do Zico foi perfeito, o de Andrade também. O passe de Andrade foi perfeito, a finalização de Zico também. 1×0 Flamengo. “Mengo, Mengo, Mengo”, canta a torcida, em festa.
No fim, Flamengo quase fez um outro golaço. Outra jogada de olhos fechados e cérebro aberto, com um passe de calcanhar de Zico. Mas o Tita chutou na trave. Sem consequência, Flamengo ganhava 1×0 e conquistava sua segunda vitória em dois jogos de um campeonato que ainda ia trazer muitas felicidades aos rubro-negros.








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