Jogos eternos #18: Juventude 0x2 Flamengo 1995

Por mais incrível que parece, Flamengo é freguês do Juventude no campo deles. Flamengo ganhou os dois primeiros confrontos no Brasileirão, em 1995 e 1997, e depois nos dez últimos confrontos, o Mengo não ganhou nenhum jogo! Vamos então da primeira vitória, em 1995.

Na abertura do Brasileirão de 1995, Flamengo venceu o Bragantino, já um jogo eterno no Francesguista. Depois, foi bem mais difícil, um 0x0 contra Guarani, uma derrota 0x2 contra Paysandu, e outras duas derrotas, contra os rivais Palmeiras e Corinthians, as duas vezes pelo placar de 1×2, as duas vezes com gol de Romário. Flamengo já precisava de uma reação.

O técnico do Flamengo era o jornalista Washigton Rodrigues, o Apolinho, que escalou Flamengo assim para o jogo contra Juventude: Paulo César; Agnaldo, Cláudio, Ronaldão, Leonardo Inácio; Pingo, Márcio Costa, Djair, Nélio; Sávio, Romário. Apesar da qualidade do ataque, era um time bem mediano. No outro lado, o técnico Emerson Leão estreava no Juventude e tinha no meio de campo o Cuca, em fim de carreira. No Alfredo Jaconi, tinha 15.690 torcedores no 17 de setembro de 1995 para ver o jogo entre Juventude e Flamengo.

Com 16 minutos, uma bola longa de Agnaldo para Sávio, pronto para a jogada do craque que ele era. Dominou a bola, girou, pedalou, fintou, fintou mais uma vez, o defensor já meio perdido. Depois, um drible curto, um chute cruzado, um golaço. Mais um golaço de Sávio, que apesar de estar no começo da carreira, já tinha brilhado tanto com o Manto Sagrado.

Ainda no primeiro tempo, Sávio fez um belo cruzamento para Romário pegar de primeira, mas o goleiro defendeu. No segundo tempo, lançamento de Ronaldão para a velocidade de Nélio. A bola no meio de campo, a meia altura. Com esse tipo de bola, às vezes quem ganha o lance é quem tem mais raça. E às vezes quem ganha o lance é quem conhece mais o jogo, é o jogador que sente o que deve ser feito, é quem tem mais visão de jogo, é o craque. Romário chegou primeiro e de um toque só, perfeitamente executado, deixou Sávio em condição ideal. O Anjo Loiro também não perdeu tempo com a bola, já no domino da bola, driblou o goleiro. Depois, só tinha a empurrar a bola no fundo das redes para fazer um outro golaço no jogo.

Uma atuação marcante, porém não tanto conhecida do craque Sávio, um ídolo da Nação, também já um ídolo no Francesguista. Que essa bela lembrança ajuda o Mengão a trazer, enfim, uma vitória no campo do Juventude.

4 respostas para “Jogos eternos #18: Juventude 0x2 Flamengo 1995”.

  1. Avatar de Jogos eternos #96: Flamengo 3×1 São Paulo 1996 – Francesguista

    […] jogo contra Palmeiras em 1994, mas Sávio brilhou em outros jogos eternos no francêsguista, contra Juventude e Vélez Sarsfield em 1995, Vasco e Internacional em 1996, também Goiás em 1997. Sávio brilhou […]

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  2. Avatar de Jogos eternos #152: Vélez Sarsfield 2×3 Flamengo 1995 – Francêsguista, as crônicas de um francês apaixonado pelo Flamengo

    […] eternizei no Francêsguista dois jogos dirigidos pelo Apolinho, o segundo dele como técnico, com doblete de Sávio contra o Juventude e um jogo da primeira fase da Supercopa Libertadores, o jogo de volta contra Vélez, marcado por um […]

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  3. Avatar de Jogos eternos #164: Flamengo 1×0 Fluminense 2000 – Francêsguista, as crônicas de um francês apaixonado pelo Flamengo

    […] Juventude no Alfredo Jaconi, onde tem um retrospecto ruim. Dos 15 jogos, ganhou apenas em 1995, um jogo já eterno no Francêsguista, e em 1997, um jogo meio ruim, vencido 1×0 com gol contra. A última crônica foi também de […]

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  4. Avatar de Jogos eternos #204: Bahia 2×2 Flamengo 1995 – Francêsguista, as crônicas de um francês apaixonado pelo Flamengo

    […] fase do Brasileirão, Flamengo decepcionou muito. Ganhou apenas dois jogos, contra Bragantino e Juventude, dois jogos eternos no Francêsguista, empatou mais dois jogos e perdeu 7 vezes! Assim, acabou na […]

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O autor

Marcelin Chamoin, francês de nascimento, carioca de setembro de 2022 até julho de 2023. Brasileiro no coração, flamenguista na alma.

“Uma vez Flamengo, Flamengo além da morte”